terça-feira, 7 de abril de 2020

7 de abril de 2020 - O Estado de S.Paulo- Folha de S.Paulo - The NWT - Le Monde

Enciumado, tal qual uma criança mimada, a imitação de governante tentou demitir o seu competente e dedicado ministro da Saúde.
Foto: Adriano Machado - REUTERS

 
Winston Churchill foi o primeiro-ministro britânico, durante a II Guerra Mundial. Notabilizou-se por sua inteligência pessoal e política, seu caráter, seu amor ao seu país, aos seus conterrâneos, ao rei George.  Deixou um legado infinito a servir de exemplo de dignidade a grandes e pequenos estadistas.  E também  a aqueles que de tão insignificantes,  nem sequer merecem esse rótulo.
Inumeráveis foram suas frases célebres.  Dentre elas, pinçamos três para nossas reflexões nesses aflitivos momentos de coronavírus,  e de boçalidades ululantes no planalto central.
1 “Coragem é o que é preciso para se levantar e falar;   humildade é o que é preciso para se sentar e ouvir.”

2 “Todas as grandes coisas são simples.   E muitas podem ser expressas numa só palavra:  trabalho”
3 “O melhor argumento contra a democracia é uma conversa de cinco minutos com um eleitor mediano.  A maior maneira de aniquilá-la é eleger um arguto sedento pelo poder para comandá-la. E, pior ainda, tal qual uma ilha:  cercado de fanáticos por todos os lados”


Vejamos, agora, como essas três frases que se  nos encaixam como luvas.

 Publicação de Weintraub volta a abalar as relações diplomáticas do Brasil com a China em meio à pandemia.  
--- O Estado de S. Paulo, 7 de abril de 2020 – Felipe Frazão ---
Foto: Adriano Machado - REUTERS

Uma postagem do ministro da Educação Abraham Weintraub, nas redes sociais provocou novo tensionamento nas relações entre o Brasil e o país asiático.  Após usar o personagem Cebolinha, da Turma da Mônica, para ridicularizar o sotaque dos chineses, Weintraub disse ontem (6 de abril) que pode até pedir desculpas à embaixada do país asiático por sua “imbecilidade” (termo usado pelo próprio), desde que a China forneça respiradores ao Brasil para o combate ao novo vírus.

·        NOSSA OPINIÃO: Não é a primeira vez que o ministro da Educação se comporta de forma não condizente com o cargo que ocupa.  Assim como notórios têm sido seus inúmeros deslizes com a língua portuguesa, sejam em comunicações oficiais de seu ministério (exemplo: ofício enviado ao ministro Paulo Guedes com 2 vezes a grafia “paralização”, e 2 vezes a grafia “infelismente”, 1 vez  “Educassão” .  Ou quando em memorandos sobre o ENEM,  por exemplo, ao se referir  3 vezes à Franz Kafka,  autor de obras tais como “O Processo”, Metamorfose” , como  “Franz Kafta”, falha que se repetiu em uma entrevista ao vivo.  Etc., etc., etc.

EDUARDO BOLSONARO – No mês passado, o deputado Eduardo Bolsonaro também disse que a culpa do coronavírus era da China. Eduardo acusou o governo chinês de ocultar a gravidade da doença, que teve o primeiro caso verificado em Wuhan, uma cidade chinesa. Na oportunidade, a Embaixada da China também pediu explicações ao governo brasileiro. Embora Eduardo não tenha de se desculpado, a situação foi dada como contornada pelos dois lados após uma conversa entre o presidente Bolsonaro e o presidente chinês, Xi Jinping.

 
Foto: Pedro Ladeira - Folhapress


"Eu tenho minha caneta" ―   Infantil comportamento da imitação de governante   Bolsonaro ―  é estancado por ministros militares, ao tentar demitir seu ministro da Saúde.
 
Foto: Reprodução Portal CM7.com
      
      Por seu trabalho incansável na luta contra a propagação do terrível e fatídico virus, o competente ministro-médico Luiz Henrique Mandetta, têm-se destacado, à frente de seu ministério, juntamente com sua dedicadíssima Equipe,  e sua devida popularidade ― imensamente superior ao seu medíocre chefe ― vem sendo constada a olho nú e, agora, por todas as pesquisas de opinião pública.
       Enciumado, patologicamente, e vendo seu governo ir sumindo ralo abaixo (graças ao seu total despreparo), a imitação de governante , o ex-capitão da reserva Jair Messias Bolsonaro, não vendo outra alternativa, ameaçou  sacar sua caneta Bic, tal qual se sacava as pistolas nos antigos filmes de bang-bang de outrora, e demitir sumariamente  seu competente ministro da Saúde.  Já tinha até o seu eventual substituto (o deputado, em seu sexto mandato,  Osmar Terra (MDB/RS).
     

Sua infantil impetuosidade foi barrada em reunião ministerial na tarde de ontem (6 de abril), por seus ministros militares,
Foto: G1 - Globo
bem como pelo presidente do STF, ministro Dias Toffoli, assim como pelo Congresso Nacional, na pessoa de seu presidente (senador Davi Alcolumbre) e pelo presidente da Camara dos Deputados (deputado federal Rodrigo Maia).


“Trabalho, trabalho, trabalho”

     
Foto: Reprodução TV Brasil
 No final da tarde, o ministro da Saúde, em reunião coletiva, na presença de jornalistas e parlamentares, e secretários da Saúde de vários estados, o ministro Mandetta, finalizou sua exposição sobre as ações de sua pasta, dizendo: “Apesar dos pesares, continuaremos a fazer o que gostamos:  trabalhar, trabalhar, trabalhar em prol da Ciência, e da população brasileira”



   Retorno à mediocridade.  
Foto: Dida Sampaio - Estadão


DEPOIS DE TER QUE ENGOLIR O SAPO, nada restará ao pseudo-presidente.  Sequer pousar de “herói” caboclo, numa imitação barata e ridícula do Macunaíma de Mario de Andrade, como fez mês passado, ao investir o humorista Carioca com a sua faixa presidencial e conduzi-lo,  em seu carro oficial,  para ― juntos ― dar “bananas” aos sempre laboriosos e idôneos representantes da imprensa livre brasileira.

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