Covid-19: A NOVA ONDA; E O QUE ESPERAR DA VACINA.
― Uma segunda
onda do inusitado vírus Sars-CoV-2, mais usualmente conhecido com Covid-19, está varrendo a Europa, ainda mais contagioso e com mais risco de letalidade.
Bem por
isso, as autoridades
de Saude Pública, os ministérios
de Saúde, com o empenho dos Dirigentes europeus, já deram início às
ações fundamentais para evitar uma desenfreada contaminação.
Uma vez
mais, a Alemanha está se sobressaindo aos demais países. Nas primeiríssimas horas da última quarta-feira
(dia 29 de outubro), a chanceler Angela Merkel decretou, uma vez mais, o lockdown
em todo o país, com funcionamento apenas de hospitáis e farmácias. Pequenos supermercados poderão abrir das 9 da
manhã às 4 da tarde, ainda
assim com rígido controle às normas de higienização e de distanciamento.
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Chanceler alemã Angela Merkel - Crédito da foto: The New York Times
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A
pronta medida de Angela Merkel foi
tomada em união de todos os segmentos
políticos da Alemanha. Em questão de saúde pública, para os políticos alemães, não
existem divergências entre as forças partidárias, sejam da oposição, sejam da situação.
O risco de nova disseminação no Brasil.
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Imagem microscópica de Covid-19 - Crédito da imagem: Getty Images
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Graças
ao empenho dos governadores de todos os estados brasileiros (com destaque para o de Mato Grosso do
Sul e o de São Paulo) o número de contaminados pela Covid-19
está em franca queda.
Mérito, então seja dado aos nossos governadores estaduais, malgrado
o atroz atual ocupante do Palácio do Planaldo, que se ocupa tão
somente com seus três rebentos, e
com sua patólogica ânsia de reeleger-se,
torcer contra as ações pró saúde pública, e fazer suas infames “piadas”, dignas de palhaços de circo mambembe.
Não
obstante todo o empenho dos governadores e suas secretarias de Saúde, corre-se o sério risco da nova onda, que está começando a assolar a Europa, chegue até o nosso território nacional.
Para tanto, basta que algum TURISTA
do Palácio do Planalto se contamine e, por
conseguinte, desavergonhosamente, venha nos contaminar a todos.
A
FUNDAMENTAL IMPORTÂNCIA DAS VACINAS.
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Crédito da imagem: Image Banks
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Sem um
medicamento que cure a Covid-19, e com uma total falta de interesse por parte
do “ungido” do Planalto Central,
e do servilismo do seu ministro da Saúde, está
ocorrendo um relaxamento no distanciamento social.
Por conseguinte, todas
as esperanças estão sendo depositadas na VACINA, não importando qual seja a cor da bandeira dos
insumos para a sua produção pelos Institudos brasileiros: Butantã e Fiocruz – ambos altamente reconhecidos
internacionalmente.
No
entanto, é aconselhável diminuirmos as expectativas, pois é muito provável que no próximo ano a vacina não vá acabar com a
necessidade de distanciamento social.
Tentaremos
trocar em miúdos o que os cientístas, sejam
farmacologistas, sejam epidemiologistas, dizem.
― Quando
uma pessoa é exposta ao Sars-CoV-2 ela pode se infectar ou não. Uma vez infectada, essa infecção pode ser:
a) Muito leve, de tal sorte que a pessoa sequer apresenta sintomas, ou os tenha
brandos.
b)
Grave,
a ponto de precisar de hospital,
e de oxigênio.
c)
Gravíssimo; com
necessidade urgente de entubação.
Finalmente, a pessoa infectada pode se recuperar; ou morrer.
A vacina, necessita, por conseguinte, interferir
em cada um desses passos.
Assim
como as vacinas existentes para a Influenza (gripe), a
vacina antiCovid-19 pode
impedir que a pessoa seja infectada, ou pode, se
for infectada, aumentar significamente as chances que a infecção seja
excessivamente branda,
sem risco de hospitalização e sem risco de óbito. (Mais uma vez, é exatamente igual aos casos de vacinas
antigripais).
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Crédito da imagem: Image Bank - Google Images
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O que
significa Estudos Clínicos FASE 3 (estágio
atual em que se encontram todos os milhares
de Estudos que estão sendo conduzidos).
Para a
conclusão absoluta da EFICÁCIA e da SEGURANÇA (ausência de efeitos
colaterais) de todo e qualquer
medicamento para uso oral e ou parental – as
vacinas inclusives –,
se torna necessario o desenvolvimento de ESTUDOS
CLÍNICOS.
Devemos
antes lembrar que, para se estudar
clinicamente um medicamento, ele já deverá ter sido aprovado em TESTES
PRÉ-CLÍNICOS, ou seja: aspectos de SEGURANÇA
são avaliados em ANIMAIS
DE EXPERIMENTAÇÃO antes da aplicação dessa droga em
SERES HUMANOS.
Quando
essa medicação está pronta para ser testada no ser humano, as fases de investigação clínica iniciam-se, e seguem uma após a outra, até que o maior volume
possível de informações sobre o medicamento seja obtido.
Considerando os aspectos mais importantes e seus principais objetivos, cada FASE de uma Pesquisa Clínica está resumida abaixo:
As
fases da Pesquisa Clínica.
A Pesquisa
Clínica é usualmente classificada em 4 fases: I, II, III e IV. Devemos antes lembrar que para se
estudar clinicamente um medicamento, ele já deverá ter sido aprovado
em testes pré-clínicos, ou seja, aspectos de SEGURANÇA são
avaliados em animais de experimentação
antes da aplicação dessa droga em seres
humanos. Quando essa medicação está pronta
para ser testada no ser humano, as fases de investigação clínica iniciam-se e
seguem, uma após a outra, até que o maior volume possível
de informações sobre o medicamento seja obtido.
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Crédito da imagem: Getty Images |
Considerando os aspectos mais importantes e seus principais objetivos, cada fase de uma Pesquisa Clínica
está resumida abaixo:Fase 1: refere-se ao uso do medicamento pela primeira vez em um ser humano, geralmente UM INDIVÍDUO SAUDÁVEL e que não tenha a doença para a qual o
medicamento está sendo estudado. Nesta fase, serão avaliadas diferentes vias de administração e
diferentes doses, realizando-se testes iniciais de SEGURANÇA e de interação com outras
drogas ou álcool. Cerca de 20 a 100 indivíduos participam dessa fase.
Fase 2: cerca de 100
a 300 indivíduos QUE TÊM A DOENÇA
participam desta Fase, que tem como objetivo obter
mais dados de SEGURANÇA e começar a avaliar a EFICÁCIA do novo medicamento. Os testes de Fase II, geralmente avaliam as diferentes dosagens
assim como as diferentes indicações do novo medicamento.
Fase 3: depois de concluído o Estudo piloto (Fases 1 e 2), dá-se início à FASE 3. Essa FASE constitui-se de grandes
Estudos Multicêntricos (estudos clínicos realizados
em vários páises, com indivíduos de várias idades, sexo, raças e classes sociais) . Nessa FASE 3, em cada Estudo Clínico participam
milhares de pacientes (em geral de 10 a 500 mil
indivíduos), dependendo da patologia em questão, por um período maior de tempo. Durante esta Fase se espera obter maiores
informações sobre EFICÁCIA, SEGURANÇA
e a INTERAÇÃO COM OUTRAS DROGAS.
A análise dos dados obtidos na FASE 3 pode levar ao registro e aprovação para uso
do novo medicamento, pelas autoridades sanitárias. No nosso País, o órgão responsável é a ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Existe ainda
uma FASE 4. Nela – uma vez o medicamento avaliado
positivamente nas Fases
anteriores, e já aprovado pelas autoridades sanitárias, e JÁ EM USO – devem-se ser feitos testes de acompanhamento de seu uso em
milhares de pessoas, possibilitando
o conhecimento de detalhes adicionais sobre a segurança e a eficácia do produto. Um dos objetivos importantes dos estudos FASE 4
é detectar e definir efeitos colaterais previamente desconhecidos ou
incompletamente qualificados, assim como
os fatores de risco relacionados. Esta Fase
4 é conhecida como FARMACOVIGILÂNCIA.
POR FIM: A
COMPLEXIDADE DA FASE 3 PARA O USO DAS VACINAS ANTICOVID-19
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O que o
meio científico tem observado é que a incidência da infecção por Sars-CoV-2 é variável segundo as faixas etárias dos indivíduos. O
que se tem por conclusão é que as pessoas consideradas idosas (acima de 60 anos), portadoras ou não de outras
enfermidades: pressão alta, diabete, colesterolemia alta ou baixa, câncer, etc,
estariam mais passíveis de serem
afectadas do que as pessoas “mais jovens”.  |
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Em decorrência disso, se faz necessário modular o número de indivíduos participantes na FASE 3. Esses números, em
todos os 120 Países que estão conduzindo os Estudos tem sido de 2.000 a 4.000
para “jovens” em cada Estudo Clínico, somados
à um mínimo de 400.000 e o
máximo de 600.000 indivíduos
tidos como “idosos”.
AFINAL, QUANDO TEREMOS À NOSSA
DISPOSIÇÃO AS VACINAS?
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Como
vimos acima, não se pode afirmar que até o
final deste ano teremos à nossa disposição uma VACINA, para que se possa ter uma vacinação em massa contra
a Covid-19 (como já ocorre com os outras
vacianas: antiinflenza, antipoliomelite, antitetânica, antiturbeculose, antivaríola, antisarampo, etc), A grande
probabilidade é que ela esteja disponível em meados de 2021, desde que tenha seu uso aprovado pela ANVISA, órgão responsável para a análise
dos resultados dos Ensaios Clínicos da FASE
3 que forem colocados à sua disposição. |
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Face a
gravidade da doença, seja do ponto de vista da alta incidência de contaminação e de internação
hospitalar, seja do altissimo risco de óbito, espera-se que a ANVISA elimine a morosidade da burocracia
que lhe é peculiar, assim como vista uma couraça de aço
para SE BLINDAR DA NOCIVA IDIOSSINCRASIA DO Capitão Cloroquina.
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Crédito da imagem: Live postada em Twitter @Jair Bolsonaro
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Fontes: Veja-Abril
/ ISTO É / ÉPOCA / The New york Times / Washington Post / O Estado de S. Paulo
/ Jornal de Brasília / Folha de S. Paulo / Futura Press / REUTERS / TV Globo / Valor
Econômico / Image Bank / Getty Image / Instituto Butantã / Fiocruz
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