quarta-feira, 8 de abril de 2020



8 de abril de 2020  
 O Estado de S. Paulo   "Os incendiários e os bombeiros" [copydesk]

General Walter Souza BRAGA NETTO

―  o “GERENTE” que impôs ordem no caos.   

Fto: Fátima Meira - Estadão
Segunda feira passada  [6 de abril]  Bolsonaro esteve a ponto de demitir seu ministro da Saúde, o médico Luiz Henrique Mandetta. 

Não o fez, mas isso não significa que não venha a fazê-lo em um futuro próximo, a julgar pelo clima de ebulição criado pelo Bolsonaro, empenhado nos últimos dias a desmoralizar seu dedicado ministro da Saúde, mesmo diante da brutal e mortífera pandemia de convid-19.
Foto: Reprodução TV Brasil
O motivo do recuo de Bolsonaro não ficou muito claro. 
Aliás, como é notório, nada parece fazer sentido,  sob a gestão do ilustre  Jair Messias Bolsonaro, a não ser para  a chamada ala “ideológica” que assessora o governante, e para a qual tudo se resume à luta pelo poder contra os “comunistas” ― rótulo genérico que essa turma considera como inimigos.  
Assim, não é de causar espécie que venham a rotular de “comunista” o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, o presidente do Congresso, o senador Davi Alcolumbre, o presidente da Câmara, o deputado Rodrigo Maia, ou (quem sabe?)  a rainha Elizabeth II,  e o papa Francisco.   Não escaparia a esses boçais até, por exemplo,  os finados Chico Xavier,  Mahatma Gandhi,  Jesus Cristo, Buda, etc.  


Seja como for,  o recuo do presidente -“messias” Bolsonaro em sua escalada contra o incansável trabalhador ministro da Saúde Mandetta, ainda que provavelmente seja momentâneo, é um indicativo de que o incendiário governante se viu limitado por circunstâncias.  Ou seja, teve que “engolir o sapo";  teve que se conformar com as coisas como elas são, e não como os bolsonaristas radicais que o cercam gostariam que fossem.



  
Ministro General BRAGA NETTO:

Um BOMBEIRO mais do que fundamental
Imagem extraída do blog http://asmileumalendasdabiblia.blogspot.com/


A julgar pelo que tem sido o comportamento de Bolsonaro até o momento, é difícil acreditar que ele tenha se dado conta sozinho de que seria uma estupidez brigar tanto com a realidade, especialmente no momento em que o País mais precisa de serenidade para enfrentar a calamidade sanitária, e econômica,  causada pela pandemia do coronavírus.
Reprodução de um vírus à semalhança do coronavírus

No caso específico da quase demissão do ministro Mandetta, o “messias”  Bolsonaro voltou atrás depois de ser "convencido",  pelo general Walter Souza Braga Netto, ministro da Casa Civil,  e por outros ministros militares.

A tarefa dos militares passou a ser a de PROTEGER o Bolsonaro de si mesmo e do tal “gabinete do ódio”, dirigido a distância por um ex-astrólogo que mora nos Estados Unidos.  
Essa figura extravagante, ao exigir a demissão de Mandetta, escreveu nas redes sociais (sua única fonte de alimentos) que “o ministro da Saúde é o exemplo típico do que acontece quando um governo escolhe seus altos funcionários por critérios técnicos, sem levar em conta a sua fidelidade ideológica”.

Ao desautorizar a demissão do ministro Mandetta, o general Braga Netto, e outros ministros militares deram  um basta a insanidade mental que prolifera no Palácio do Planalto e alhures.
Eles atuaram  pela lógica segundo a qual esse tipo de atitude minaria o governo a ponto de ameaçar sua própria continuidade.

É justamente esse clima de confronto,  e até de ruptura,  que interessa muito aos fanáticos do “gabinete do ódio”, que apostam no caos, não se importando com o Brasil, que precisa desesperadamente de tranquilidade para atravessar a tormenta.   

  


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