UMA DIFICÍLIMA ESCOLHA
Ao longo dos nossos primeiros 13 anos, a
crônica política de nosso País, foi sempre um prato cheio de opções. Não se fazia muito esforço para encontrar o
eixo da ideia, ou seja, a base para essas “mal traçadas linhas” como se dizia, antigamente, ao se redigir uma carta, antes
do advento dos e-mails e/ou das mensagens virtuais.
Assim foi com a turma do mensalão, do
petrolão, da
rapinagem do Lula e seus mais de 40 ladrões; assim foi com as sem-vergonhices do Eduardo
Cunha, do
Sérgio Cabral, do Pezão, etcetera
e tal; e com as patetices, as “pedaladas” e o impeachment
da Dilma; enfim: "um rosário sem fim” , como se diz lá no nosso Ceará.
AGORA,
A COISA DEGRINGOLOU DE VEZ
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Crédito da foto: Jornal de Brasília (divulgação) |
Na eleição presidencial de 2018, quis o destino que acidentalmente vencesse – ainda que democraticamente – o
capitão reformado Jair Messias Bolsonaro, um político de carreira; um medíocre deputado federal por sete mandatos
entre 1991 e 2018, eleito através de diferentes partidos, ao longo
de sua carreira.
Espertalhão, à espera da sedimentação do
seu eleitorado, buscou trazer para sua equipe nomes de grande projeção
e aceitação popular, como o juiz da Operação Lava Jato, Sérgio Moro; ou, então, de grande reconhecimento internacional, como o economista Paulo Guedes; ou, ainda, de rico cabedal científico, como
o médico sanitarista-ortopedista Luiz
Henrique Mandetta.
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Crédito da foto: Dida Mendonça / Estadão |
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Crédito da foto: Wesley Marvelino / REUTERS / Estadão |
No entanto, já com o
passar dos primeiros meses, foi
arreganhando despudoradamente sua verdadeira pretensão: implantar
um regime fascista, objetivando sua perpetuação no poder; servindo-lhe como exemplo o “el comandante” Hugo Chávez – sua paixão desde os idos de
1996.
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Crédido das fotos: (a) Bolsonaro: Dida Sampaio / Estadão --- (b) Hugo Chávez: Juan Barreto / AFP / Getty Images : |
Republicação feita pela
revista VEJA em 12 de dezembro de 2017:
Entrevista original do jornal O Estado de S. Paulo:
E, a seguir, o fac-simile que vocês Leitoras e Leitores encontrarão ao clicar nos links acima.
A foto que ilustra a
entrevista é do fotógrafo do jornal O Estado de S. Paulo, Dida Sampaio.
Ele é o profissional que, no dia 3 de maio de 2020, foi jogado ao chão do alto de uma
escada – onde procurava um melhor ângulo para suas fotos – Uma vez caído, ele foi
espancado pela corja de bolsonaristas. Tudo isso, diante do impassível capitão.
Se porventura a reprodução do fac-símile não permitir uma boa leitura, amplie-a, por favor.
De qualquer forma, vamos
transcrever a entrevista do doce deputado-capitão.
TÍTULO
DA ENTREVISTA:
“É uma
esperança para AL”
O que pensa o deputado e capitão da
reserva Jair Bolsonaro (PPB-RJ).
Estado ― O que representa
Chávez?
Bolsonaro ― É uma esperança
para a América Latina e gostaria muito que esta filosofia chegasse ao Brasil. Acho ele ímpar. Pretendo ir à
Venezuela e tentar conhecê-lo. Quero passar
uma semana por lá e ver se consigo uma audiência.
Estado ― A qual figura
história ele remete?
Bolsonaro ― Ao Marechal Castelo
Branco (primeiro presidente do Brasil no regime militar, entre 1964 e 1967).
Estado ― Porque ele é
admirável?
Bolsonaro ― Acho que ele vai
fazer o que os militares fizeram no Brasil em 1964, com muito mais força. Só espero que a
oposição não descambe, para a guerrilha, como faz aqui.
Estado ― O que acha dos
comunistas apoiarem Chávez?
Bolsonaro ― Ele não é
anticomunista e eu também não sou. Na verdade, não
tem nada mais próximo do comunismo do que o meio militar. Nem sei quem é comunista hoje em dia.
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É
INCRÍVEL mas é uma realidade. E
perigosa.
Se não, vejamos se há semelhança na atual
conduta do capitão Jair, após assumir a chefia do "governo", com o modus operandi do ditador fascista venezuelano.
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Os ditadores Hugo Chávez e Fidel Castro – Crédito da foto: jornal Cuba Sí (divulgação) |
Mix de Fidel Castro e Mussolini, o tenente-coronel venezuelano Hugo
Chávez, inicialmente, criou uma milícia fanática ao armar
enorme parcela do seu eleitorado. Em
seguida, acercou-se de deputados e
senadores de 5ª categoria dando-lhes os mais elevados cargos em
autarquias e empresas estatais de
elevados faturamentos, e, por último, alocou na Suprema Corte, um a um, magistrados que, ou não sabiam seguer uma vírgula de
legislação, ou se vendiam, locupletando-se
com largas somas de petro-dólares. Morto o “el
comandante”, a cadeira ditatorial foi prontamente ocupada pelo
seu “lugar-tenente” Nicolás Maduro.
Não é difícil chegar a uma comparação,
por mais apolítico que se seja.
De onde se conclui que
QUALQUER SEMELHANÇA COM UM CERTO PAÍS DESCOBERTO POR CABRAL,
não é mera coincidência.
QUEM FOMENTA TAL IDEOLOGIA? ― Um espertalhão ET de Virginia; o onipresente oráculo do bolsonarismo.
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Credito da foto: Joshua Roberts - REUTERS |
O “filósofo” Olavo é um desbocado ideólogo de ultra-direitista, com crenças retrógradas e absurdas, tais como ser a Terra plana, “criada” em seis dias; ou ser o homem nada mais, nada menos, do que um torrão de barro”, muito superior à mulher, a qual não passa de um capacho do seu macho; e coisas tais. Tudo “vomitado” em suas páginas no Notebook (ou no Twitter), “recheadas” de imprecações próprias de botequim de ponta de rua, ou de peladas de futebol de várzeas.
(Está explicado de quem o capitão Jair, os seus três “rebentos”, assim como seus “eminentes ministros”, assimilaram tal ideologia, e "enriqueceram" seus vocabulários com os mais ricos exemplares de palavrões obscenos do ET de Virginia).
PARTE DOIS ― O DESREIPEITO À DOR, AO LUTO E ÀS LÁGRIMAS.
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Grupo de artistas fazem protesto em Brasília – Crédito da foto: Sérgio Lima / AFP |
Seria “chover no molhado” , repetir que a potencialidade
avassaladora da convid-19, tem sido
excessivamente maior do que a da Segunda Guerra; ou a da Peste bubônica (Peste Negra) no século 14; ou ainda a da chamada Gripe Espanhola em 1918,
Também não tínhamos a intenção de gastar letras, sílabas
e palavras para falar da triste figura que tomou assento, em
1º de janeiro de 2019, após vencer acidentalmente –
ainda que democraticamente – as eleições de 2018, e que atende pelo nome de Jair Messias
Bolsonaro, um cidadão perverso, paranoico, paleolítico e cujo
cérebro paira entre total ignorância e insanidade mental.
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Crédito da foto: Jornal de Brasilia (divulgação) |
Desde então, sua insanidade tem evoluído
celeremente. Concebe estar pilotando,
sem eira e nem beira, uma nave para uma
órbita qualquer, de um planeta qualquer, de uma galáxia qualquer. Em
sua megalomania, tem cuspido para fora da
nau seus imediatos que não lhe agradam ou julga fazer-lhe sombra. Um, chamado Mandetta, outro Teich, outro Moro,
e outros tantos mais: general Santa Cruz, Ricardo Veléz, Gustavo Bebiano, Vieira Neto,
general Floriano Peixoto, Gustavo Canuto, e etc, e etc, e etc.
Enquanto os competentes são defenestrados, os medíocres gozam dos aplausos do capitão
Jair & Filhos, e (evidentemente) com os VIVAS! do gurú-astrólogo Olavo de Carvalho – cujo famigerado perfil vimos
anteriormente.
Por ora, como uma pausa para ganharmos fôlego, e dar
sequência à postagem, relembremos a infame reunião de 22 de
abril.
Se as nossas caríssimas Leitoras e estimados Leitores desejarem relembrar o deprimente Show dos Dementes,
aqui vai o link
O Circo de Horrores, com suas bizarrices e seus
palavrões, tem a duração é de 1horas, 54
minusto e 58 segundos.
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Crédito da imagem: G1. globo.com |
Nem a exposição à nível
nacional da famigerada reunião de 22 de abril, que gerou ou alimentou
investigações no Supremo Tribunal Federal, conseguiu conter o capitão Jair. Conforme foi divulgado pela imprensa nacional
e internacional, foi ele quem deu –pessoalmente – a ordem para o Ministério da
Saúde divulgar “MENOS
DE MIL MORTES POR DIA” e sempre depois das 11 horas da noite para, com isso, “acabar com matérias do Jornal Nacional”. Pura criancice. Pura idiotice. Pura imbecilidade que
serviu para merecidas críticas na imprensa escrita, falada e televisiva, nacional e internacionalmente.
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Primeira página do jornal americano "The Washington Post", edição de 7 de abril de 2020 |
https://veja.abril.com.br/saude/brasil-registra-1-382-mortes-e-12-581-casos-de-covid-19-em-24-horas/
A IMPERIOSA REAÇÃO ― Imediatamente, o Congresso Nacional e os órgãos de imprensa escrita, falada e televisiva criaram uma central própria para divulgar, em tempo real, os dados das contaminações e dos óbitos.
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Ministro do STF Alexandre de Moraes - Crédito da foto: Jorge William / Agência O Globo |
A
sandice apavorante do capitão Jair e sua turma de 22 milicos aquartelados no ministério da
Saúde, foi estancada por determinação do STF, mediante liminar do ministro Alexandre de Moraes, dando um prazo de 24 horas para o
término das maquiações e manipulações de dados da pandemia, e a pronta
divulgação real dos mesmos. Chegava ao
fim a surrealista dicotomia entre vidas e negócios.
Entretanto, ficam no ar, essas pergunta vitais:
Por que a “mudança de
metologia” na contagem de vítimas a esta altura?
Por que a manipulação para baixo, das contaminações e dos óbitos?
A quem interessa a ocultação das mortes?

A quem interessa a manipulação? --- Crédito da foto: Isac Nóbrega - PR Correio do Povo
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A quem interessa a manipulação? --- Crédito da foto: Isac Nóbrega - PR Correio do Povo |
Os “mundos paralelos” do capitão Jair
O dr. Jair, epidemiologista, assumiu desde o início uma cruzada particular contra o isolamento social adotado no mundo tudo.
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Crédito da foto: Evaristo Sá / AFP |
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Crédito da Imagem: SIS / (divulgação) |
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Crédito da foto: Adriano Machado / REUTERS |
O “AQUARTELAMENTO” do Ministério da Saúde
É triste e preocupante o desmanche do Ministério da Saúde
– “um antro de comunistas”, segundo a ideológica pastora-ministra Damares,
outra seguidora fiel do astrólogo de Virgínia.
É triste e preocupante que o Capitão Jair, escoiceando as
ciências médicas, científicas e
sociais; preocupado tão somente em manter seu poder de mando (como disse em
plenos pulmões na circense reunião de 22 de abril), tenha defenestrado em plena
pandemia, um a um, os ministros-médicos que ocuparam o Ministério da Saúde, e
levado ao comando da terrível guerra virológica Eduardo Pazuello, general de divisão,
com deficiente
compreensão de biologia
elementar, como a posição do do
coração no corpo.
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Eduardo Pazuello -- Crédito da foto: .Anderson Riedel / O Globo - Época |
E é igualmente triste e preocupante que os 26 coronéis e
generais que hoje ocupam assentos no Ministério da Saúde se disponham a assumir
o jogo sujo do capitão Jair, sem
nunca terem visto uma curva epidemiológica em suas vidas de militares; mas
prontos para a “missão”: bater continência e cumprir as ordens do manda-chuva capitão; ordens que nenhum ser humano decente
cumpriria: "Mandar à merda os escrúpulos de consciência”.
PARTE TRÊS ― A VIDA ANIMAL DO LADO DE LÁ
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Crédito da imagem: Google images |
Voltaremos ainda a falar,
nas POSTAGENS VINDOURAS, da surreal experiência pelo que passa a Saúde em nosso desmilinguido País,
vítima da ação devastadora da covid-19 .
Nesse
instante, nossa básica intenção, é a de encerrarmos
atual postagem, abordando a proliferação de ratos no Palácio do Alvorada. Isto é,
o aumento exagerado de roedores naquele
aprazível local desde o início de maio. Antes raros no local, eles passaram a circular, livremente, em busca de restos de comida.
Mas, antes de entrarmos diretamente no assunto dos ratos, queremos
abrir um parêntese para deixar bem claro que desde que o BARRACO foi criado há
15 anos atrás (ou melhor: construído), nós
efetuamos sempre limpeza geral, e vimos
fazendo detetizações periódicas no nosso lar. Tanto
é que quando expulsamos de vez esses “danadinhos”, nós fizemos
constar em uma das paredes laterais do Barraco
a inscrição: “OS RATOS ESTÃO NAS TOCAS
VIZINHAS”. A foto abaixo confirma o que dissemos.
Fazemos essa
observação, para que não venhamos a ser
acusados de despachar desprezíveis roedores para a casa do capitão Jair, ou outros Niemeyerenses locais da capital Federal.
Vamos
agora ao que interessa.
Com o
início da política de
isolamento social , o número de admiradores do capitão Jair diminuiu na
entrada do Palácio da Alvorada,
precisamente no ponto em que se localiza o tal do “cercadinho”. Ou seja:
o local onde, diariamente, o
capitão cumprimenta
simpatizantes e
concede entrevistas (sempre de “maus
bofes”) aos veículos de imprensa.
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Crédito da foto: Gabriela Biló / Estadão |
Eles
– os roedores – costumam aparecer no final da tarde, quando
diminui o número de pessoas.
Mas, tem aqueles ratos que fogem à
regra; por exemplo: Na quarta-feira, 22 de abril, um desses
“danadinhos” se aproximou de um
jornalista, e acabou assustando uma turista –
coitada! – que aguardava para tirar uma selfie com o capitão Jair. Um outro deles, quase subiu no pé de um repórter televisivo
enquanto ele gravava uma reportagem.
A Secretaria-Geral – pasta responsável pela administração
do patrimônio da Presidência da República –
informou que, neste ano,
foi feita uma desratização no final de janeiro. E uma nova foi
realizada no dia 23 de abril.
Não é a
primeira vez que o Poder Executivo é invadido por pragas urbanas. Em 2005, durante o governo de Lula, baratas e formigas
invadiram também o Palácio do Planalto após uma dedetização na área externa.
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Crédito da imagem: Google Images |
Em 2017, durante o mandato de Michel Temer, o Palácio do Planalto enfrentou uma “infestação de baratas”. Elas ocupavam os suportes de energia elétrica próximos à galeria de retratos dos presidentes, no andar térreo, e chegaram a subir em jornalistas e servidores.
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Crédito da imagem: Luís Lago_Photo'S |
FONTES: The Washington Post / O
Estado de S. Paulo / Revista VEJA – Abril / A Folha de S. Paulo / Le Monde /
Correio Braziliense / Revista ÉPOCA / The
New York Tumes / Revista ISTO É / El País / AFP / O Globo / Super Rádio
Tupi FM / G1.globo.com