30/maio/2017 às 8h40
"Trajetória do nosso
governo não será interrompida", afirma Temer
Presidente diz que país chegará ao final de 2018 com
"a casa em ordem"
Nesta terça-feira (30), durante discurso na
abertura do Brazil
Investment Forum, em São Paulo, o presidente
Michel Temer afirmou
que a trajetória de seu governo não será "interrompida", e que
chegará ao final de 2018 com a "casa em ordem".
"Esta trajetória que traçamos logo no início
do nosso governo não será interrompida. Nela nós seguiremos firmes em nome da
agenda de reformas que não poderemos abandonar. Estamos no rumo certo,
colocamos o país nos trilhos. Quem assumir encontrará os trilhos em seu lugar.
Por isso agora é continuar a travessia, chegaremos ao fim de 2018 com a casa em
ordem", afirmou.
Temer falou
das medidas tomadas pelo seu governo e procurou mostrar otimismo. Pouco
antes, o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes (PSDB), também afirmou
que Temer vai
chegar ao final do seu mandato e entregar o cargo ao seu sucessor com um país
muito melhor. "Temer poderia
ter se acomodado e deixado passar o tempo tranquilamente,
mas não faz apenas um governo de transição, mas ousadamente transformista.
Inaugura uma nova geração de reforma”, disse. “O senhor que assumiu há oito
meses, entregará ao seu sucessor em 1º de janeiro de 2019 um país muito
melhor”.
O prefeito de São Paulo, João Doria, foi o primeiro
a discursar, passando também uma mensagem de otimismo. "O Brasil é
mais forte do que qualquer crise. Já passamos por inúmeras crises ao longo dos
últimos anos. Superamos todas elas, inclusive as mais graves. Não será
diferente agora", disse.
Presidente Temer: "Trajetória do nosso governo não
será interrompida" / Foto: ABR
JBS
Michel Temer enfrenta
uma grave crise no governo, após se tornar pública a gravação de sua
conversa com o dono da JBS, Joesley Batista, na qual o presidente ouve
relatos sobre a influência do empresários com juízes e procuradores e também
sobre a compra de silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha. A
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)
entrou com um pedido de impeachment. Além disso, na próxima semana o Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) começa a julgar a cassação da chapa Dilma-Temer, por
supostas irregularidades na campanha.