AMIGOS DO PEITO
O ex-capitão Jair fez o possível e o impossível para impedir os
avanços das investigações sobre a organização criminosa que lavava dinheiro no
gabinete do filho mais velho, Flávio, quando este era deputado estadual no Rio de Janeiro.
Antes de proseguirmos, concedamos os créditos
às fotos que ilustram o título da postagem: No sentido horário: Twitter (@jairbolsonaro
– Twitter @FlavioBolsonaro – VEJA – Facebook Jair Messias Bolsonaro – Youtube /
Jornal do Brasil
É notória a tentativa ferrenha do ex-capitão Jair de intervir na Polícia Federal do Rio de Janeiro (o que resultou
na saída do então ministro da Justiça e Segurança Pública – Sérgio Moro). Um
exemplo dessa sua patológica necessidade ficou clara na infame reunião ministerial do dia 22
de abril. Como não se sabia que a gravação da reunião viria a ser escancarada ao público – por determinação do ministro do STF, Celso de
Mello – o ex-capitão Jair, no seu
linguajar peculiar, deixou cair a
máscara.
Veja a joia da fala do ex-capitão, em desespero, neste video. (Para tanto, basta clicar no link abaixo )
Veja a joia da fala do ex-capitão, em desespero, neste video.
E aqui, nós colocamos à disposição, a transcrição da fala do ex-capitão. Deliciem-se, ou horrorizem-se:
"Já tentei trocar gente da segurança nossa no Rio de Janeiro oficialmente e não consegui. E isso acabou. Eu não vou esperar foder minha família toda de sacanagem, ou amigo meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence à estrutura. Vai trocar; se não puder trocar, troca o chefe dele; não pode trocar o chefe, troca o ministro. E ponto final. Não estamos aqui pra brincadeira".O ex-capitão não conseguiu trocar nada.
E, o que é pior: viu um seus amigos do peito ser trancafiado.
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Queiroz na sala da residência em Atibaia, quado da prisão - Crédito da imagem: BAND Tv |
“Parecia que estavam prendendo o maior bandido da
face da Terra” – disse o ex-capitão Jair sobre Queiroz
Assista a "fantástica" indignação do ex-capitão pela prisão de um dos seus amigos do peito.
O tal do Fabrício
Queiroz era, na intimidade dos bolsonaros, um autêntico “pau pra toda obra”. Quando assessor
parlamentar de um tal deputado Flávio, o Queiroz participava do clássico esquema denominado "rachadinha”.
Foi pelo exercício, sistemático, dessa “nobre função” que o rígido juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal, autorizou a
prisão do ex-assessor, apontando repasses salariais de "funcionários" para a conta do tal Queiroz, em valores milionários, e saques posteriores.
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Flávio Itabaiana (Juiz da 27ª Vara criminal) – Crédito da foto: Felipe Cavalcanti / TJ-RJ |
O
ex-assessor Fabrício Queiroz foi, assim, apontado pelo Ministério Público do Rio de
Janeiro, como operador do esquema de "rachadinha” atinente aos "funcionários" de Flávio na Alerj – "funcionários" esses existentes de fato, ou meramente "fantasmas" –que devolviam parte dos salários recebidos. O dinheiro arrecadado era, então "lavado", ou por meio de uma loja de chocolates, e/ou por aplicações no setor imobiliário. O
Ministério Público também
apontou, em suas investigações, que Fabrício Queiroz também depositava valores na
conta do "chefe" Flávio de forma fracionada, em valores menores. Além disso, Queiroz fazia, regularmente, pagamentos das despesas pessoais de Flávio e de sua família.
Segundo as investigações, no dia 1º de outubro de 2018, Queiroz fez pagamentos em espécie
de R$ 6.942,55 referentes às mensalidades das duas filhas do seu então "chefe". Os investigadores observaram que não
foram identificados, seja na conta de Flávio, seja na conta de sua esposa, saques compatíveis aos
valores pagos.
Câmeras da agência bancária da Assembleia
Legislativa (Alerj) mostram Queiroz pagando dois boletos escolares das filhas de
Flávio, segundo o Ministério Público.
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Frame das filmagens das cameras da agência bancária da Alerj, em que é captado Queiroz pagando dois boletos escolares das filhas de Flávio Bolsonaro, segundo o MP - Imagem 1º/outubro/2018 |
As imagens do circuito interno de
uma agência bancária, dentro da Alerj (Assembleia
Legislativa do Rio de Janeiro), mostraram o momento em
que Fabrício Queiroz pagou dois boletos escolares das filhas
de Flávio Bolsonaro, em dinheiro vivo, na manhã de 1º de outubro de 2018, aponta o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro). Em seguida, ele ainda fez um saque de R$
5.000, 00. O
registro consta em um documento de 80 páginas encaminhado pelo MP-RJ à Justiça com o pedido
de prisão preventiva do ex-assessor, acusado de operar um
esquema de “rachadinha” no gabinete do então deputado estadual Flávio.
O atual senador nega as acusações.
O atual senador nega as acusações.

Pelas imagens, é possível observar que Queiroz levou apenas sete minutos para fazer as transações bancárias, segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro.
O
vídeo mostra que ele entrou na agência bancária da Alerj, às 10h21, com um maço
de dinheiro e dois boletos bancários nas mãos. De acordo com a investigação, eram as mensalidades escolares das duas filhas de Flávio, nos valores de R$
3.382,27 e de R$ 3.560,28, totalizando R$ 6.942,55.
FONTES: O Estado de S.Paulo / A
Folha de S. Paulo / Correio Braziliense
/ VEJA / ÉPOCA /
ISTO É /
UOL Notícias / Youtube – Video da
Reunião Ministerial de 22/04