UM CARIDOSO ANJO DA GUARDA

Notoriamente entre aqueles que não seguem os cânones
cristãos, a
existência desses "seres celestiais", fica contida nas páginas romanescas e
poéticas de alguns milhares de livros publicados em vários idiomas, ao longo de várias épocas.
Mas para alguns privilegiados filhos de Eva, existe um majestoso anjo da guarda, notório por ser benfeitor de delinquentes contumazes. Sua graça é conhecida por Vossa Excelência
Juiz Gilmar Ferreira Mendes.
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Ministro Gilmar Mendes, do STF – Crédito do foto: Evaristo Sá / AFP |
Um detalhe que chama atenção dos crédulos e incrédulos, é o fato de ser o Anjo Gilmar parcial àqueles onde os metais abundam às toneladas.
Que o digam esses agraciados:
― DOLEIROS: Rony Hamoui; Paulo Sergio Vaz Arruda; Sergio Roberto Pinto da Silva; Oswaldo
Prado Sanches.
― OPERADORES (“à la” Fabrício Queiroz)
: Carlos Miranda (principal operador de Sergio Cabral); Milton Lyra –
(operador do PMDB); Hudson Braga (Secretário de
Obras e operador de Sergio Cabral)l.
Marcelo Sereno
(ex-secretário nacional do PT, condenado a 27 anos de prisão)
― POLÍTICOS: Antony Garotinho e Rosinha
Garotinho (ex-governadores
do Rio de Janeiro, condenados a 12 anos de prisão, por
desviarem dos cofres públicos a bagatela de R$ 165 milhões, novecentos e setenta e nove reais e quarenta e quatro
reais).
― EMPRESÁRIOS: Sandro Alex Lahmann e Carlos
Mateus Martins (presos na Operação Rizoma).
Gustavo Estellita e Miguel
Iskin (presos na operação Pão
Nosso, que apura
desvios na área da saúde do Rio).
― MILITARES:
Marcelo Luiz Santos Martins –
delegado; e Cezar Rubens Monteiro de Carvalho – coronel
da PM e ex-secretário estadual de Administração Penitenciária ( presos na Operação Pão Nosso)
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Bolsoanro, Eduardo e Queiroz – Crédito da imagem: Twitter @Jair Bolsonaro |
O que ocorreu com o distinto ex-assessor Fabrício Queiroz, e sua não menos distinta madame Márcia Aguiar, é digno de novela de 5ª categoria; ou enredo de escola de samba xexelenta; ou esquete de palhaços de circo mambembe (similar à reunião de “ministros” do dia 22 de abril. Os caros leitores se recordam da infame reunião?).
Pois bem. Tido como Assessor do gabinete do então deputado Flavio (um dos mui
honrados filhos do Capitão Cloroquina), o ex-PM Fabrício Queiroz, foi muito mais do que isso. Por anos e mais anos, foi AMIGO DO PEITO e de pescaria do Capitão. Foi um fiel escudeiro. Foi um pau pra toda obra, como se dizia outrora.
Uma demonstração do grande amor que nutre o Capitão Cloroquina pelo Queiroz, foi a live realizada pelo Capitão quando da prisão do "querido amigo". E nela, a exposição de sua profunda indignação: “Parecia que estavam prendendo o maior bandido da face da Terra” – disse o ex-capitão Jair sobre Queiroz
Fabrício José Carlos de
Queiroz, mineiro
de Belo Horizonte, hoje com 54 anos, foi
subtenente da polícia militar por 31 anos, até 2018. Como
PM,
se
envolveu em dez mortes arroladas como "suspeitos confrontos". Considerado próximo da família Bolsonaro, ele é "UMA FIGURINHA FÁCIL" nas fotografias e videos nos festejos bolsonaristas .
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Crédito da imagem: Twitter @Jair Bolsonaro |
A relação de Queiroz com a família Bolsonaro é antiga; do tempo em que se amarrava cachorro com linguiça. Fabrício Queiroz conheceu o capitão Jair Messias na Brigada Paraquedista, da Vila Militar do Exército no Rio de Janeiro, em 1984. Como foi dito acima, o Queiroz era então um subtenente da polícia militar.
Os dois iriam trilhar caminhos distantes da carreira no Exército, mas manteriam a amizade pública, sólida, durante todo esse tempo. As redes sociais de Queiroz e do Capitão registram suas presenças, e as de seus familiares, em perfeita sintonia e intimidade durante pescarias, jogos de futebol, atos de campanha e churrascos de confraternização. Uma das fotos, por exemplo, mostra o assessor Queiroz em uma pescaria em Angra dos Reis, ao lado do amigão Jair, no ano de 2013.
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Crédito da imagem: Twitter @Jair Bolsonaro |
Seu último cargo estava ligado ao então deputado Flávio – um dos amados rebentos do Capitão.
Além de assessor parlamentar, Fabrício Queiroz era o motorista e o segurança de Flávio. Com uma renda de R$ 23 mil, segundo o COAF (Conselho de Controle de
Atividades Financeiras),
ele acabou sendo exonerado do gabinete em
outubro de 2018, com um monte de centenas
e mais centenas de milhares de grana nos bolsos.
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Crédito da imagem: Twitter @Flávio Bolsonaro |
Queiroz gozava de total confiança e muita autonomia no gabinete de Flávio. Foi descrito como quem produzia os itinerários das agendas do parlamentar, e autorizava, ou não, os trajetos durante caminhadas e carreatas. Papel esse que ele também desempenhou quando da disputa ao Senado de 2018.
Junto com Fabrício Queiroz, outros quatro parentes dele também conseguiram vagas no mandato por sua indicação: Márcia de Oliveira Aguiar ( atual mulher), Evelyn Melo de Queiroz (filha), Evelyn Mayara Gerbatim (enteada) e Marcio Gerbatim (ex-marido da Márcia Aguiar — atual esposa do Queiroz ). As duas Evelyns saíram apenas em janeiro de 2019, poucos dias antes de Flávio assumir sua vaga no Senado.
Movimentação atípica registrada pelo COAF
Um relatório do Conselho de Controle de Atividades
Financeiras (COAF), enviado ao
Ministério Público do Rio de Janeiro, revelou "movimentações atípicas de R$ 1,2 milhão na conta de Fabrício Queiroz ― funcionário
de Flávio Bolsonaro, então deputado na Assembleia Legislativa do Rio ― ao
longo de 2016".
Além dos valores incompatíveis com a renda que ele declarava (R$ 23 mil), o relatório mostrou inúmeros saques de valores semelhantes e repasses de outros oito assessores do gabinete de Flávio Bolsonaro para Queiroz. O Relatório do COAP apontou até um “cheque no valor de R$ 24 mil para a primeira-dama Michelle Bolsonaro” — Sobre esse, no mínimo, estranho depósito, o Capitão fez uma declaração. Em sua “JUSTIFICATIVA oficial” tratava-se do pagamento de um empréstimo de R$ 40 mil, feito pelo Fabrício Queiroz. No entanto, a explicação dada pelo amigo do peito , para explicar do tal depósito para a madame Michele, é completamente diferente daquela do Capitão, e tão patética quanto. Queiroz afirmou que fazia “rolos”, sem conseguir especificar o que eram esses “rolos”.
O fato é que cada detalhe do relatório do COAF, levantava a suspeita da chamada “rachadinha”.
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Michelle Bolsonaro – Crédito da foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil |
O que é "rachadinha"?
Segundo o Ministério Publico, Flávio Bolsonaro LAVOU até R$ 2,3 milhões utilizando
uma loja de chocolates e negociações imobiliárias. O dinheiro
teria origem em um esquema de "rachadinha"
comandado por Queiroz no gabinete do deputado,
em que os funcionários dos
parlamentares são contratados sob a
condição de devolver parte de suas remunerações. ATÉ MILICIANOS TERIAM SE BENEFICIADO
DO ESQUEMA. Apenas
entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão. O
VALOR É INCOMPATÍVEL COM O PATRIMÔNIO DO ENTÃO MOTORISTA.
Quais os indícios da "rachadinha"?
Os promotores revelaram 483 depósitos de 13 ex-assessores na conta
bancária de Queiroz. As transferências foram por meio de cheques e dinheiro vivo.
Queiroz vendia carros?
Em um programa de televisão, Queiroz
procurou justificar a movimentação atípica em sua conta, afirmando ser um comprador e vendedor de carros usados.
Queiroz fez depósito na conta de
Michelle?
Como foi exposto anteriormente, uma
das transações de Queiroz foi o depósito de um cheque de R$ 24 mil na conta
da hoje primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Embora o presidente Jair Bolsonaro
tenha afirmado que a primeira-dama recebeu o cheque como parte de uma dívida de
R$ 40 mil que tinha com o motorista, ESSA
DÍVIDA NÃO FOI DECLARADA NO IMPOSTO DE RENDA. O
dinheiro foi para a conta de Michelle porque o Capitão não tinha "tempo de
sair".
(O capitão Cloroquina, por certo,
imagina serem todos idiotas como ele o é!)
Qual a relação da "rachadinha" com a loja de
chocolates?
Para o Ministério Público, o alto volume de
depósitos em dinheiro na conta da loja de chocolates revela que esse foi o
jeito encontrado por Flávio para LAVAR O DINHEIRO,
ou torná-lo APARENTEMENTE LÍCITO. A
suspeita se deve à desproporção do lucro obtido pelo hoje senador com a loja, que fica em um shopping no Barra da Tijuca, no Rio.
E quanto aos apartamentos?
Ao pedir a quebra dos sigilos fiscal e bancário de Flávio, o
Ministério Público viu indícios de lavagem de dinheiro em transações
imobiliárias. O
senador lucrou centenas de milhares de reais em um curto período de tempo por
meio de transações suspeitas de 19 imóveis no Rio.
Porque é vital manter o casal Queiroz
em uma santa paz?
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Crédito da imagem: Facebook @Márcia Aguiar |
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Ministro Gilmar Mendes do STF - Crédito da imagem: VEJA / REUTERS |
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