Fachin nega novo pedido da defesa de Lula para evitar prisão
Ex-presidente
queria que ministro revisse decisão anterior sobre ou tema; relator da Lava
Jato também reiterou que decisão sobre pauta é de Cármen Lúcia
Por Agência Brasil
![]() |
Foto: Cristiano Mariz - VEJA |
O
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)
Edson Fachin decidiu nesta sexta-feira negar, mais uma vez, habeas corpus
protocolado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
para evitar a execução da pena após o julgamento definitivo da condenação pelo
Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), sediado em Porto Alegre. Na
mesma decisão, o ministro também rejeitou solicitação dos advogados para que o
pedido seja pautado na Segunda Turma da Corte ou no plenário do STF.
Na decisão, Fachin explicou que
não cabe a apresentação do habeas corpus para julgamento em mesa, sem
necessidade de pauta prévia, porque as ações constitucionais que questionam autorização
da Corte para prisão após segunda instância, relatadas pelo ministro Marco
Aurélio, estão prontas para julgamento no plenário e devem ser pautadas pela
presidente, ministra Cármen Lúcia.
“De outro lado, partindo da
premissa da jurisprudência consolidada sobre o tema, não há estribo legal para
este relator suscitar a apresentação em mesa, a fim de provocar a confirmação
dessa orientação majoritariamente tomada pelo plenário muito antes dessa
impetração”, decidiu.
Em janeiro, o ministro negou o mesmo
pedido da defesa para evitar a eventual prisão e enviou a questão para
julgamento pelo plenário da Corte, mas a presidente do STF, Cármen Lúcia, não
deve pautar a questão novamente.
Diante da negativa, a defesa
tentou garantir o julgamento na Segunda Turma antes que o TRF julgue o último
recurso contra a condenação de Lula a 12 anos e um mês de prisão na ação penal
do tríplex do Guarujá (SP). A questão deve ser julgada até o fim de abril.