sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016


 Moro ironiza João Santana ao negar acesso a investigação




Na negativa, Moro escreveu que o fato de "jornais e revistas terem especulado" sobre a investigação não altera a necessidade de sigilo

Enviar por e-mail
Imprimir
Aumentar letra
Diminur letra
Fonte Normal
H-C
Moro ironiza João Santana ao negar acesso a investigação

O juiz Sergio Moro negou acesso aos advogados de João Santana aos autos da investigação sobre pagamentos realizados pela Odebrecht ao marqueteiro, responsável pelas campanhas presidenciais de Lula (2006) e Dilma Rousseff (2010 e 2014).
Segundo Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância, a abertura dos dados ao publicitário poderia pôr em risco o rastreamento de recursos financeiros ou mesmo levar à destruição de provas.
"Foram instauradas investigações que ainda tramitam em sigilo. Medida como rastreamento financeiro demanda para sua eficácia sigilo sob risco de dissipação dos registros ou dos ativos. Como diz o ditado, dinheiro tem coração de coelho e patas de lebre", escreveu o juiz, em despacho datado de terça (16).

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016


Nova fase da Operação Zelotes tem como alvo o grupo Gerdau

Mandados estão sendo cumpridos nesta manhã de 25 de fevereiro

Jornal do Brasil
A Polícia Federal (PF) faz na manhã desta quinta-feira (25) a 6ª fase da Operação Zelotes. Os policiais cumprem 22 mandados de condução coercitiva, quando a pessoa é levada à delegacia para prestar depoimento e, em seguida, é liberada, e 18 de busca e apreensão, além de duas oitivas autorizadas judicialmente no complexo da Papuda, em Brasília. Um dos alvos desta etapa é o grupo Gerdau. A suspeita é que o grupo tenha atuado no Carf para evitar o pagamento de multas que chegam a R$ 1,5 bilhão.
Um dos mandados de condução coercitiva é para André Gerdau, presidente do grupo. O empresário será ouvido na PF de São Paulo.

 (worldsteel via VisualHunt / CC BY-ND)
Segundo a delegada da PF, Fernanda Costa de Oliveira, esta fase da Zelotes é uma individualização dos inquéritos de contribuintes que tinham sido identificados na primeira fase da operação, iniciada em março de 2015. A Zelotes investiga fraudes em julgamentos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), ligado ao Ministério da Fazenda.
Ela destacou, entretanto, que nem todos os 70 contribuintes identificados têm potencial operacional ou terão inquéritos individualizados. “Esse deflagrado hoje investiga somente os casos da Gerdau”, explicou Fernanda.
Multas
A Gerdau tem várias multas a serem julgadas pelo Carf, envolvendo autuações da Receita Federal por questões fiscais. “Ela [empresa Gerdau], então, celebrava contrato com escritórios de advocacia e de consultoria, que tinham contato com conselheiros do Carf e realizavam acordos para que as sentenças fossem favoráveis à Gerdau”, disse a delegada.
A suspeita é que o grupo tenha atuado junto ao Carf para evitar o pagamento de multas que chegam a R$ 1,5 bilhão. “A ação seria julgada [pelo Carf] em abril, a deflagração da operação foi em março. Então, esse prejuízo não foi efetivado”, disse.
Nota da empresa
Os policiais estão realizando ações nos estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Pernambuco, São Paulo e no Distrito Federal. São alvos das conduções coercitivas executivos da Gerdau, conselheiros e ex-conselheiros do Carf e advogados que intermediavam as negociações. Duas pessoas presas anteriormente na Operação Zelotes, José Ricardo e Alexandre Paes dos Santos, também foram ouvidas no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.
Em nota, a Gerdau informou que está à disposição e colaborando integralmente com as investigações da Polícia Federal. “Ressalte-se, ainda, que, com base em seus preceitos éticos, a Gerdau não concedeu qualquer autorização para que seu nome fosse utilizado em pretensas negociações ilegais, repelindo veementemente qualquer atitude que possa ter ocorrido com esse fim. A Gerdau reitera, portanto, que possui rigorosos padrões éticos na condução de seus pleitos junto aos órgãos públicos”, diz a nota.


terça-feira, 23 de fevereiro de 2016


Publicitário João Santana chega ao Brasil

O publicitário João Santana e sua mulher, Mônica Moura, chegaram ao Brasil por volta das 9h30 desta terça-feira (23), num voo da Gol, pelo Aeroporto Internacional de Guarulhos. O casal, que veio da República Dominicana, seguiu num avião da Polícia Federal (PF) para a superintendência da PF, em Curitiba, no Paraná.
De acordo com a PF, depois eles serão conduzidos ao Instituto Médico Legal de Curitiba para exame de corpo de delito e, então, retornarão à Polícia Federal onde deverão prestar depoimento.
Os dois tiveram a prisão temporária decretada na 23ª fase da Operação Lava Jato, que investiga a relação de João Santana com a Odebrecht. A construtora também é alvo das investigações, por suspeita de ter feito repasses financeiros ao publicitário no exterior. 
1 / 7
O juiz federal Sérgio Moro determinou nesta segunda-feira (22) o sequestro de um apartamento, localizado em São Paulo, registrado em nome de Santana e da mulher. Há suspeita de que o imóvel teria sido pago com dinheiro de uma conta secreta na Suíça.
Em outra medida cautelar em nome dos investigados, Moro decretou o bloqueio das contas pessoais de João Santana, de sua esposa, medida estendida ao engenheiro Zwi Skornicki, representante do Estaleiro Keppel Fels no Brasil, e do funcionário da empreiteira Odebrecht Fernando Migliaccio
.