24/setembro/2018 - 20h15
Bolsonaro diz que facada que recebeu foi 'atentado político'
Candidato
do PSL também criticou a Polícia Federal pelo encaminhamento das investigações
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O candidato Jair Bolsonaro (PSL) no momento em que sofria o atentado em Juiz de Fora(MG) - Reprodução |
Folha de S.Paulo - Em entrevista à
rádio Jovem Pan nesta segunda-feira (24), o presidenciável Jair Bolsonaro disse
que acredita ter sido vítima de um atentado "planejado" e
"político". O candidato recebeu uma facada durante ato de campanha em
Juiz de Fora, em Minais Gerais, no começo do mês.
"No meu
entender foi planejado, político, não tenho a menor dúvida. Me tirando de
combate, você pega os três, quatro próximos da relação [de candidatos] e são
muito parecidos", disse Bolsonaro, com a fala entrecortada por momentos de
choro.
"Ele deu uma
facada e rodou. Para matar mesmo. O cara sabia o que estava fazendo. Por
milímetros não atingiu veias que eu não teria como resistir".
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Jair Bolsonaro (PSL) durante entrevista no hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde está internado - Reprodução |
A Polícia
Federal afastou a suspeita de que Adélio Bispo de
Oliveira, o agressor, tenha recebido pagamento em sua conta bancária para
executar o crime e reforçou a versão de que ele teria atuado sozinho, conforme
adiantado pela Folha.
No entanto,
Bolsonaro criticou a Polícia Federal pelo encaminhamento das investigações,
falando que estão tentando "abafar o caso".
"Ele [Adélio]
foi para cumprir a missão. Pelo que ouvi dizer, a polícia civil de Juiz de Fora
está bem mais avançada que a PF nas investigações. O depoimento que ouvi do
delegado da PF que está tocando o caso é para abafar o caso. Dá a entender que
age como defesa do criminoso. Isso não dá para acontecer", completou o
presidenciável.
Sobre a punição a
Adélio, Bolsonaro disse que "tem que ser o que está na lei". No
entanto, disse que "quando for presidente" tornará equivalentes as
penas para tentativa de homicídio e homicídio.
"Ele quase me
matou. Porque a pena tem que ser diferente do homicídio em si? Vamos mudar isso
quando for presidente", completou.
Bolsonaro disse que
terá alta até o dia 30 de setembro, mas que não fará campanhas na rua. Ele
também afirmou que fará transmissões ao vivo em seu canal no horário eleitoral
gratuito assim que estiver em sua casa, no Rio de Janeiro.
"Não posso ir
para a rua, peço a compreensão dos amigos. Planejo fazer live todos os dias a
partir do dia primeiro. Na última que fiz tinha 275 mil presentes. Eles
acreditam na nossa proposta 'a verdade acima de tudo'".