sábado, 25 de abril de 2020

25 de abril de 2020

Ciclone causa estragos imensuráveis 
no planalto central do País

   -- Fontes: The Guardian / O Estado de S, Paulo / The Washington Post / Folha de São Paulo / O Globo / Veja-Abril / Isto É / The New York Times /  Le Monde / El País / El Clarín
Furacão Katrina - Google Images
Um dos fenômenos da natureza mais temidos pelo homem é o ciclone tropical, que ocorre quando os ventos ultrapassam os 119 km/h entre os Trópicos de Câncer e Capricórnio. O ciclone tropical também pode ser chamado de furacão, quando se forma no Oceano Atlântico, próximo às Américas Central e do Norte, ou tufão, quando formado no Oceano Pacífico, nas proximidades da Ásia, Havaí e Oceania.
Ao longo da história, vários furacões ou tufões devastaram cidades e zonas rurais, deixando um rastro de destruição e desespero por onde passaram. Entre os mais conhecidos, estão o Irma, em 2017, Matthew, em 2016, Patrícia, em 2015, o Hayan, em 2013, o Katrina e o Wilma, em 2005, Sandy, em 2002, e o Audrey, em 1957, para citar alguns.

Uma curiosidade interessante é essa:― Como são escolhidos os nomes dos furacões e tufões? Atualmente, existe uma lista com 126 nomes de furacão que são repetidos em um ciclo de seis anos. A escolha é feita pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), com sede em Genebra, na Suíça, que seleciona nomes comuns de pessoas em inglês, espanhol e francês, pois essas são as línguas faladas nos países que mais são atingidos por furacões.

Como rotular esse furacão em que se 
tornou as acusações de Moro, ao  dar ciência de sua saída?
Foto: Ueslei Marcelino - REUTERS
A coletiva do ex-juiz federal e ex-Ministro da Justiça e de Segurança Pública  Dr. Sérgio Fernando Moro (ou simplesmente Sérgio Moro, ou ainda mais simplesmente Moro), realizada na manhã de ontem – sexta, 24 – tem um potencial de destruição muito superior a qualquer um dos furacões  já ocorridos.
      Ao explicar os motivos que o levaram a pedir sua renúncia ao cargo que estivera ocupando desde 1º de janeiro de 2019, o até então ministro Sérgio Moro, fez gravíssimas revelações da conduta do presidente Jair Messias Bolsonaro quando de suas exigências  para a substituição do superintendente da Polícia Federal Maurício Leite Valeixo.  

Foto: Denis Ferreira Netto  /  Estadão
O motivo para tal insistência férrea, inicialmente não me fora exposto, apesar do então Ministro Moro sempre contra-argumentar: “Presidente, não tem nenhum problema em trocar o diretor-geral, mas preciso de uma causa” .

Sérgio Moro, em seu pronunciamento de sexta-feira, disse que “o grande problema é que não é tanto essa questão de quem colocar, mas, sim, por que trocar e que seja feita a interferância política na Polícia Federal”.  

 Um grave delito é revelado

 “O presidente passou a me dizer, mais de uma vez, expressamente, que queria ter uma pessoa do contato dele, para que ele pudesse ligar, colher informações, colher relatórios de inteligência.  Então, eu repetia que esse não é o papel da Polícia Federal; nunca foi e jamais será.  As investigações, os seus resultados, têm que ser preservados, sempre. Imagine, a então presidente Dilma ligando para a direção em Curitiba para saber do andamento dos processos?  A autonomia da Polícia Federal é um valor fundamental que temos que preservar dentro de um estado de direito.
      Certa feita, diante persistência do presidente Bolsonaro, o então Ministro lhe alertou que isso seria uma intervenção política que contrairia a autonomia dos órgãos da Polícia Federal,  obtendo a resposta do presidente Bolsonaro: ― É isso mesmo. É uma intervenção políticaEu preciso saber do que se passa a nível de inteligência na PF e até no STF. Por isso é que a troca também será oportuna na Polícia Federal, por esse motivo".

Falsidade

O ex-juiz Sérgio Moro afirmou nessa sua coletiva que tomou conhecimento da exoneração do diretor-geral Aleixo pelo Diário Oficial da União.  “Não assinei esse decreto. Em nenhum momento isso me foi trazido (para assinar), ou o Diretor-Geral apresentou um pedido formal de exoneração. Ele me comunicou que ontem à noite (23 de abril)recebeu uma ligação dizendo que ia sair uma exoneração a seu pedido dele e se ele concordava. O que ele respondeu (ao interlocutor) “Como, concordar?...  Concordar com o quê?...
      O ex-ministro Moro, continuou com sua afirmação na coletiva:  O fato é que não existe nenhum pedido formal.  Sinceramente, fui surpreendido. Achei que foi ofensivo a via que depois a Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência) informou que houve essa exoneração a pedido.  Entretanto, isso de fato NÃO É VERDADEIRO.

Outras ocorrências bombásticas foram tornadas a público, minuciosamente,  ao longo do anúncio de sua renúncia ao cargo.  Nos furtamos a expô-las, visto a imprensa escrita, falada e televisiva já o fizera minuciosa e extensivamente.

Saída honrosa
 
Foto: Gabriela Biró - Estadão
Sérgio Moro, em sua renúncia, despediu-se dizendo que “De todo modo, eu não tinha como aceitar essa substituição da forma que o presidente queria . Há uma questão envolvida de minha biografia como juiz, de respeito à lei, e à impessoalidade no trato das coisas do governo.  Seria um tiro na Lava Jato se houvesse substituição de delegados, superintendentes naquela ocasião .

A explanação de Bolsonaro
Foto: Ueslei Marcelino - REUTERS
Por sua vez, Bolsonaro reuniu toda a sua Equipe e, em um discurso totalmente desconexo,  procurou de forma infantil denegrir o seu ex-ministro, sem conseguir fazê-lo, obviamente.  Ao invés, apenas confirmou as palavras de Moro, ao não explicar o motivo que o levou a exonerar diretor geral da Polícia Federal Maurício Leite Valeixo,


Os 7 crimes que comprometerão seriamente o – ainda –  presidente

O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu ontem (24 de abril) uma investigação após as declarações do ex-ministro Sérgio Moro que acusou o presidente Bolsonaro de intervir na PF para obter informações sigilosas.

O relator sorteado por algoritmos foi o decano da Corte, ministro Celso de Mello que decidirá sobre o pedido da PGR na segunda -feira (27 de abril.)

Segundo o parecer de vários juristas, pelas denúncias de Sérgio Moro, Bolsonaro  estaria envolvido em crimes:    

- Falsidade ideológica

- Coação no curso do processo

- Prevaricação

- Obstrução da Justiça

- Corrupção passiva privilegiada

- Advocacia administrativa

- Responsabilidade 





sexta-feira, 24 de abril de 2020

24 de abril de 2020
Outra “patada” do capitão.
Fontes: Jornal da Globo / Jornal R7 /  O Estado de S, Paulo  / Folha de São Paulo / O Globo / Veja-Abril / Isto É /
FOTO: Mauro Pimentel / AFP
Bolsonaro&filhos exoneram diretor-geral da PF em meio a negociações para permanência de Moro
FOTO: Adriano Machado / Reuters

)Ministros generais da Casa Civil, Walter Braga Netto, e da Casa Civil,  Luiz Eduardo Ramos tentam apagar fogo
FOTO:  Adriano Machdo / Reuters
Moro pode deixar governo ainda nesta sexta-feira (24/4)

Fontes:  Jornal da Record R7 /  Jornal da Globo / Folha de S. Paulo / O Estado de S. Paulo / The New York Times / El País /  Le Monde / The Washington Post

O presidente Jair Bolsonaro exonerou o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Leite Valeixo, em publicação no Diário Oficial da União desta sexta-feira (24).
Maurício Leite Valeixo   -   Foto: Denis Ferreira Netto / Agência Estadão
O ministro da Justiça, Sergio Moro, foi alertado por aliados no fim da noite passada de que a saída de Maurício Valeixo, escolhido por ele para comandar a PF, poderia ser oficializada no Diário Oficial desta madrugada, enquanto ainda negociava com o Palácio do Planalto sua permanência como ministro.

Conforme a imprensa revelou, Moro pediu demissão a Bolsonaro na manhã desta quinta (23) quando foi informado pelo presidente da decisão de trocar Valeixo..
O ministro avisou o presidente que não ficaria no governo com a saída do diretor-geral.   Bolsonaro então escalou ministros militares para convencer o ex-juiz da Lava Jato a recuar.

Vale tudo para proteger “alguém” do clã. Até forjar fatos


A exoneração foi publicada como "a pedido" de Valeixo no Diário Oficial, com as assinaturas eletrônicas de Bolsonaro e Moro.  Segundo o jornal Folha de S. Paulo apurou, porém, o ministro não assinou a medida formalmente nem foi avisado oficialmente pelo Planalto de sua publicação.

O nome de Moro foi incluído no ato de exoneração pelo fato de o diretor da PF ser subordinado a ele, tão somente.  É uma formalidade do Planalto.
Além disso, ao contrário do que informa a medida publicada, Valeixo não teria "pedido" sua exoneração ao Planalto. Não há substituto no comando da polícia, por ora, nomeado.

terça-feira, 21 de abril de 2020


22 de abril de 2020
Cara e coroa: 
as duas faces de uma moeda
Fontes: BBB News / O Estado de S, Paulo  / Folha de São Paulo / O Globo / Veja-Abril / Isto É /
             Jornal de Brasilia / Correio Braziliense

Domingo, 19 de abril.  Na manhã desse dia, ao longo do continental território brasileiro, milhares e milhares de profissionais da Saúde dedicavam-se à luta de preservar as vidas de seus conterrâneos vitimados pelo novo coronavírus, como o fazem, invariavelmente, todos os dias, todas as horas, todos os minutos, todos os segundos, não se importando seja noite ou seja dia.  
À esses abnegados, caberia o rótulo de bons samaritanos, no mínimo.
       
Essa é uma das face da moeda.

Médicos cariocas em pleo domingo com paciente com coronavirus - Foto: Arquivo / Pref. do Rio



Médicos socorristas e enfermeiras  em pleno domingo transportam paciente com coronavírus - Foto: Globo/G1

Médicos em pleno domingo atendem paciente com coronavírus - Foto: Divulgação Globo/G!














Essa é uma das face da moeda. Vejamos a outra.
Domingo, 19 de abril,  Dia do Exército.   Na manhã desse dia, em algumas cidades brasileiras, alguns  “gatos pingados” carregavam faixas e berravam palavras de ordens de Intervenção militar com Bolsonaro no poder:  ou, Fechamento do Congresso e do Supremo;  ou, "AI5, já!   E, por aí afora. 
Manifestação no Dia do Exército - Imagem: Jornal de Brasília 
Uma dessas cidades foi Brasília.  Nela, o local escolhido a dedo foi o edifício onde fica o QUARTEL-GENERAL DO EXÉRCITO. 
     Para todos esses atos realizados em algumas cidades brasileiras, e  da forma como foram realizados, não caberia outro rótulo senão o de  Protesto Antidemocrático.  Já no caso do realizado na Capital Federal, notoriamente pelo local escolhido, o rótulo seria um só: GOLPE ÀS INSTITUIÇÕES.
      Nesta mesma face da moeda, surgiu uma mancha aberrante.   E o que veria a ser isso?   Descobriu-se, então, o que era a nódoa na outra face da moeda:  Aboletado na carroceria de uma caminhonete, um figurante deste circo de horrores berrava aos quatro cantos, sem nenhum pudor: Nós não queremos negociar nada!   Agora é o povo no poder!   Queremos ação pelo Brasil todo!   Lutem com o seu presidente! 

Bolsonaro discursa para manifestantes - Imagem: Globo / G1

 O “presidente”,  neste caso, é a figura grotesca de um capitão reformado que, nas eleições de 2018,  foi guindado ao Palácio do Planalto como repulsa de uma parcela da sociedade à ROUBALHEIRA DO LULISMO
     Desde então, tem se destoado do cargo para que foi eleito, seja pela instabilidade emocional.   seja em função da sua mediocridade intelectual e administrativa,
     Em decorrência dessa sua aberrante fragilidade, o “governante”  Bolsonaro, tem uma necessidade constante de auto-afirmação, de demonstrar para si mesmo,  que é ele que tem o COMANDO, que tem o PODER ABSOLUTO. 
      Bem por isso, se o espelho lhe aponta um ministro, ou um simples auxiliar,  mais popular que ele,  o alerta vermelho do medo de perder o comando do seu desvairado barco é ativado.  E, em sua paranoia,  chuta para fora o seu pretenso ameaçador que poderá vir entornar o pote de sua desmedida  SEDE DE PODER.    

O poder que Bolsonaro quer

Em meio ao repúdio unânime das instituições à sua participação numa manifestação de caráter golpista, Jair Messias Bolsonaro defendeu-se dizendo que falta um pouco de inteligência para aqueles que me acusam de ser ditatorial. Segundo ele, “o pessoal geralmente conspira para chegar ao poder, mas eu já estou no poder, mas eu já sou presidente.  E concluiu:  Então eu estou conspirando contra quem, meu Deus do céu?
      De fato, Bolsonaro já está no poder, conferido a ele no pleito de 2018.  A questão é que ESSE PODER, BOLSONARO NÃO QUER, não porque, no fundo, sabe que não tem a menor ideia de como exercê-lo, tamanho é seu despreparo, mas PORQUE É UM PODER REGULADO PELA CONSTITUIÇÃO e limitado pelos freios e contrapesos institucionais.  
Um presidente pode muito, mas não pode tudo, como disse o ministro do STF, Celso de Mello, ao criticar a convocação,  feita por Bolsonaro, de protestos contra o Congresso, em fevereiro.
       Ou seja, já naquela ocasião, Bolsonaro deixava explícito que não pretendia se submeter aos controles constitucionais.
Bolsonarofaz convocação para manifestação em fevereiro de 2020 - Foto: Divulgação Correio Braziliense
Bolsonaro discursa para manifestantes em Brasília - Imagem: Divulgação Veja / Abril
"O povo no poder,  bradou em seu discurso inflamado diante dos seus fanáticos seguidores, na manifestação do ultimo domingo.
Depreende-se que o “governante” Bolsonaro almeja presidir um REGIME PLEBISCITÁRIO, em que a voz do que ele chama de “povo” se impõe como lei, tendo-se o presidente como zeloso intérprete, submetendo todos os demais poderes a seu tacão.
      O regime que Bolsonaro almeja, portanto, é aquele exercido sem que tenha de prestar conta às demais instituições democráticasque permanecem em funcionamento, mas sem condições objetivas de cumprirem suas funções.

Que regime é esse tão almejado pelo Bolsonaro?

Nem é preciso ir muito longe no tempo e no espaço,  para encontrar exemplos de um regime almejado por quem tem  obsessões absolutistas  ― A VENEZUELA DO DITADOR HUGO CHAVES é o caso mais bem acabado de uma autocracia construída sem a necessidade de um golpe formal.
     Não deve ser mero acaso que em 1999, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, e motivo de reportagem da revista Veja (edição de 12/12/2017),  o então deputado  Bolsonaro tenha rasgado elogios ao caudilho venezuelano, dizendo que Hugo Chaves, uma esperança para a América Latina”, faria “o que os  militares fizeram no Brasil em 1964, com muito mais força
      
Hugo Chaves em sua posse -  Divulgação: Inforcentro Vila Dignidad Bisomocoties
Como ensinou o caudilho Hugo Chaves, a construção do poder discricionário demanda uma democracia de fachada, com eleições regulares e Parlamento em funcionamento, enquanto as estruturas democráticas vão sendo carcomidas.  A IMPRENSA É SUFOCADA, e a OPOSIÇÃO É CONSTRANGIDA pela máquina de destruição de reputações.  Já o Judiciário é tomado por governistas, transformando-se em pesadelo dos dissidentes do regime.  Assim, estão dadas as condições para que a Constituição se torne simplesmente em letras mortas.

Como barrar essa face escura da moeda?

Bolsonaro - Foto: Sérgio Lima / Poder 360
 É evidente que tal predisposição bolsonarista;  que tal empreendimento, seja barrado já em seus primórdios.
      O CONGRESSO está fazendo sua parte quando impede o Jair Messias Bolsonaro de aprovar medidas inconstitucionais,  e quando, por intermédio da criada Comissão Parlamentar Mista de Investigação das Fakes News, investiga a militância virtual bolsonarista que atua febrilmente para constranger os opositores do governante Bolsonaro.  
Ministro Dias Toffoli (Presidente STF), Senador Davi Alcolumbre (Presidente do Congresso, Rodrigo Maia (Presidente da Câmara dos Deputados     -    Imagem: BBC News
Do mesmo modo, é alentador observar que o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL também está vigilante,  Agora mesmo, por meio do ministro Alexandre de Moraes, atendeu ao pedido da Procuradoria-Geral da República e mandou abrir inquérito para saber quem organizou o ato antidemocrático do qual o “governante” Bolsonaro participou animadamente no domingo passado.
Ministro Alexandre de Moraes  -  Divulgação:  Veja / Abril 
Reação das Forças Armadas
Militares e Bolsonaro - Foto: Divulgação  BBC News
A afronta bolsonarista, assim como o ”show” discursivo de Bolsonaro,  gerou mal estar nas Forças Armadas que não querem, em hipótese alguma, se ver vinculadas a movimentos que pedem  a volta da DITADURA MILITAR e de MEDIDAS DE EXCEÇÃO, como o famigerado AI-5, ou seja, em franco DESAFIO À CONSTITUIÇÃO.
       Para os generais A GUERRA A SER VENCIDA hoje NÃO É CONTRA OS INIMIGOS que Bolsonaro & Cia. Inventam todos os dias, mas CONTRA O CORONAVÍRUS.
Mas a guerra de Bolsonaro & Cia., já está mais do que claro, como foi exposto em parágrafos anteriores:  É CONTRA AS INSTITUIÇÕES DA REPÚBLICA e contra a maioria absoluta dos brasileiros, afrontados por um  governante” que só se importa com o poder
Escapando pela tangente, como um bom dissimulado “cara de pau
Bolsonaro - Foto: Divulgação Jornal de Brasília
O  governante” Bolsonaro foi alertado que sua participação no ato de domingo, COVOCANDO AO FECHAMENTO DO CONGRESSO E DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, não apenas causou repúdio ― e tirou o foco do combate à pandemia do coronavírus ― como expôs as Forças Armadas a situação constrangedora.  Em várias reuniões a portas fechadas, militares pediram a Bolsonaro que recuasse e mudasse de tom.
      Após ser alvo de fortes críticas, o “governante” Bolsonaro se reuniu  com vários ministros do governo, e não só com o núcleo militar.  “Onde foi que eu errei?” perguntava.
No outro dia, ao sair do Palácio da Alvorada, ele repetiu a indignação, diante de apoiadores e jornalistas.  E, como o “cara de pau”, como o dissimulado interesseiro que sempre foi, disse:  “No que depender do presidente Jair Bolsonaro, democracia e liberdade acima de tudo.
     E, sem um pingo de vergonha em suas faces lavadas,  tentou culpar a imprensa por vincular sua presença na manifestação em defesa de um novo AI-5, e de um golpe no País.