Ciclone
causa estragos imensuráveis
no planalto central do País
no planalto central do País
-- Fontes: The Guardian / O Estado de S, Paulo / The Washington Post / Folha de São Paulo / O Globo / Veja-Abril / Isto É / The New York Times / Le Monde / El País / El Clarín
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Furacão Katrina - Google Images |
Ao
longo da história, vários furacões ou tufões devastaram
cidades e zonas rurais, deixando um rastro de destruição e desespero por onde
passaram. Entre os mais conhecidos, estão o Irma,
em 2017, Matthew, em 2016, Patrícia, em 2015, o Hayan, em
2013, o Katrina e o Wilma, em 2005, Sandy, em 2002, e o Audrey, em 1957, para citar alguns.
Uma curiosidade interessante
é essa:― Como são escolhidos os nomes dos furacões e tufões? Atualmente, existe uma lista com 126
nomes de furacão que são repetidos em um ciclo de seis anos. A escolha é feita pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), com sede em Genebra,
na Suíça, que seleciona nomes comuns de pessoas em inglês, espanhol e francês,
pois essas são as línguas faladas nos países que mais são atingidos por
furacões.
Como rotular esse furacão em que se
tornou as acusações
de Moro, ao dar ciência de sua saída?
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Foto: Ueslei Marcelino - REUTERS |
A coletiva
do ex-juiz federal e ex-Ministro da Justiça e de Segurança Pública Dr. Sérgio Fernando Moro (ou simplesmente
Sérgio Moro, ou ainda mais simplesmente Moro), realizada na manhã de ontem –
sexta, 24 – tem um potencial de destruição muito superior a qualquer um dos
furacões já ocorridos.
Ao
explicar os motivos que o levaram a pedir sua renúncia ao cargo que estivera
ocupando desde 1º de janeiro de 2019, o até então ministro Sérgio Moro, fez
gravíssimas revelações da conduta do
presidente Jair Messias Bolsonaro quando de suas exigências para a substituição do superintendente da
Polícia Federal Maurício Leite Valeixo.
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Foto: Denis Ferreira Netto / Estadão |
O motivo para tal insistência férrea,
inicialmente não me fora exposto, apesar do então Ministro Moro sempre contra-argumentar: “Presidente, não tem nenhum problema em
trocar o diretor-geral, mas preciso de
uma causa” .
Sérgio Moro, em seu pronunciamento de
sexta-feira, disse que “o grande problema é que não é tanto essa questão de
quem colocar, mas, sim, por que trocar e
que seja feita a interferância política
na Polícia Federal”.
Um grave delito é
revelado
“O
presidente passou a me dizer, mais de uma vez, expressamente, que queria ter uma pessoa do contato dele, para que ele pudesse ligar, colher
informações, colher relatórios de inteligência. Então, eu repetia que esse não é o papel da
Polícia Federal; nunca foi e jamais será. As investigações, os seus resultados,
têm que ser preservados, sempre. Imagine, a então presidente Dilma ligando para a direção em Curitiba para saber do andamento dos processos? A autonomia da Polícia Federal é um valor fundamental que temos que preservar dentro de um estado de direito.
Certa feita, diante persistência do
presidente Bolsonaro, o então Ministro
lhe alertou que isso seria uma intervenção
política que contrairia a autonomia
dos órgãos da Polícia Federal, obtendo
a resposta do presidente Bolsonaro: ― É isso mesmo. É uma intervenção política. Eu
preciso saber do que se passa a nível de inteligência na PF e até no STF. Por
isso é que a troca também será oportuna na Polícia Federal, por esse motivo".
Falsidade
O ex-juiz Sérgio Moro afirmou nessa
sua coletiva que tomou conhecimento da exoneração
do diretor-geral Aleixo pelo Diário Oficial da União. “Não assinei esse decreto. Em nenhum momento isso me foi trazido (para
assinar), ou o Diretor-Geral apresentou um pedido formal de exoneração. Ele me
comunicou que ontem à noite (23 de abril)recebeu uma ligação dizendo que ia
sair uma exoneração a seu pedido dele e se ele concordava. O que ele respondeu
(ao interlocutor) “Como, concordar?... Concordar com o quê?...
O ex-ministro Moro, continuou com sua afirmação na coletiva: O fato
é que não existe nenhum pedido formal. Sinceramente, fui surpreendido. Achei que foi
ofensivo a via que depois a Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência)
informou
que houve essa exoneração a pedido. Entretanto, isso de fato NÃO É VERDADEIRO.
Outras ocorrências bombásticas foram
tornadas a público, minuciosamente, ao
longo do anúncio de sua renúncia ao cargo.
Nos furtamos a expô-las, visto a imprensa escrita, falada e televisiva
já o fizera minuciosa e extensivamente.
Saída honrosa
Sérgio Moro, em sua renúncia, despediu-se
dizendo que “De todo modo, eu não tinha como aceitar essa substituição da forma que o presidente queria . Há uma
questão envolvida de minha biografia como juiz, de respeito à lei, e à impessoalidade no trato das coisas do governo. Seria um tiro na Lava Jato se houvesse substituição de delegados, superintendentes
naquela ocasião .
A explanação de Bolsonaro
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Foto: Ueslei Marcelino - REUTERS |
Os 7 crimes que comprometerão seriamente o – ainda –
presidente
O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu ontem (24 de abril) uma investigação após as declarações do ex-ministro Sérgio Moro que acusou o presidente Bolsonaro de intervir na PF para obter informações sigilosas.
O relator sorteado por algoritmos foi o decano da Corte, ministro Celso de Mello que decidirá sobre o pedido da PGR na segunda -feira (27 de abril.)
Segundo o parecer de vários juristas, pelas denúncias de Sérgio Moro, Bolsonaro estaria envolvido em 7 crimes:
- Falsidade ideológica
- Coação no curso do processo
- Prevaricação
- Obstrução da Justiça
- Corrupção passiva privilegiada
- Advocacia administrativa
- Responsabilidade