segunda-feira, 13 de abril de 2020


13 de abril de 2020

A sagrada opção pela vida

Foto: Stock Photo / VITALIK RADKO -  Deposit photo # 189450886
Fontes: ISTO É / Estadão / Uol Notícias

Desde o surgimento  da convid-19, os líderes mundiais foram insistentemente solicitados a responder o que deveria ser prioritário no desenho das ações de enfrentamento da crise:  – medidas que visem à proteção da vida ou proteção da economia?
Para salvar o maior número de vidas,  dizem em uníssono os especialistas, impõe-se o isolamento indistinto da população.  Já para resguardar a atividade econômica,  esse isolamento deveria ser seletivo, ou seja limitar-se-ia aos chamados “grupos de risco” (idosos, e as pessoas portadoras de afecções crônicas: hipertensão, diabete, colesteremia, entre outras comorbidades).

Os líderes mais inteligentes e responsáveis  perceberam de pronto que priorizar a vida ou a economia é um falso dilema.  Evidentemente, medidas de proteção da vida devem preceder todas as outras.  Primeiro, por um imperativo moral, humanitário.  Segundo, por uma questão pragmática: não há economia que pare de pé, em nenhum país do mundo, tendo deixado um rastro interminável de mortos  (basta ver o ocorrido na História da Civilização).

Por IGNORÂNCIA, ou por MA-FÉ, os que apostam no isolamento seletivo para mitigar os efeitos da pandemia na atividade econômica, não levam em conta que mesmo permanecendo em casa, pessoas nos “grupos de risco” estarão sempre expostas ao contágio pelo contato com os que foram liberados para sair às ruas.

A postura do nosso governante


O capitão-presidente Bolsonaro é um dos escassos dirigentes que tomaram  lado para essa contenta infrutífera, que so presta para  alguma coisa:  ALAVANCAR INTERESSES POLÍTICOS.  
Fotos: Marcelo Ferreira - CB/D.A

Sua triste opção ficou claramente conhecida por meio de declarações como:
-- “Vai morrer gente?  Vai.  Paciência”.  (entrevista à José Luiz Datena, no programa Brasil Urgente da TV Bandeirantes, em 26 de março)
-- “Esse  vírus é igual à chuva. Vai molhar 70% de vocês.  Alguns idosos vão se molhar também”.  (Em conversa com apoiadores em frente ao Palácio do Alvorada, em 3 de abril)
-- “Pessoas que estão morrendo de convid-19 já iriam morrer de outras causas” (entrevista à José Luiz Datena, no programa Brasil Urgente da TV Bandeirantes, em 26 de março)

Que tal? 
Por sorte, a boçalidade do comandante não acomete a esmagadora maioria da população de nosso País. 
Por sorte, a concepção da esmagadora maioria de nossa gente não é a mesma do comandante.

O que pensam os NÃO FANÁTICOS e não ideológicos cegos.

Foto: Sérgio Lima -  AFP

Pesquisa realizada pela Datafolha com 1.511 brasileiros adultos, em todas as regiões do País, revelou que 76% dos entrevistados apoiam medidas restritivas à circulação de pessoas e fechamento do comércio não essencial para evitar a disseminação do novo coronavírus, ainda que isso prejudique temporariamente a economia e leve ao aumento do desemprego.  Apenas 18% dos brasileiros ouvidos pelo Instituo de pesquisa disseram ser favoráveis ao relaxamento da quarentena como forma de estimular a atividade econômica, enquanto 6% não souberam ou não quiseram responder.

Como se vê,  é inequívoco o respaldo social à quarentena.  Para a maioria dos cidadãos, está claro que o abalo na economia é certo, seja durante, seja após a pandemia de convid-19, mas  a economia pode ser recuperada, vidas não.. 
Foto:   Arquivos de Google Images  -  Autor desconhecido - 


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