sábado, 27 de junho de 2020


AMIGOS DO PEITO
       O ex-capitão Jair fez o possível e o impossível para impedir os avanços das investigações sobre a organização criminosa que lavava dinheiro no gabinete do filho mais velho, Flávio, quando este era deputado estadual no Rio de Janeiro.

Antes de proseguirmos, concedamos os créditos às fotos que ilustram o título da postagem:  No sentido horário: Twitter (@jairbolsonaro – Twitter @FlavioBolsonaro – VEJA – Facebook Jair Messias Bolsonaro – Youtube / Jornal do Brasil

É notória a tentativa ferrenha do ex-capitão Jair de intervir na Polícia Federal do Rio de Janeiro  (o que resultou na saída do então ministro da Justiça e Segurança Pública – Sérgio Moro)  Um exemplo dessa sua patológica necessidade ficou clara na infame reunião ministerial do dia 22 de abril.  Como não se sabia que a gravação da reunião viria a ser escancarada ao públic–  por determinação do ministro do STF, Celso de Mell–  o ex-capitão Jair,  no seu linguajar peculiar,  deixou cair a máscara.  
Veja a joia da fala do ex-capitão,  em desespero, neste video.   (Para tanto, basta clicar  no link abaixo)
E aqui, nós colocamos à disposição, a transcrição da fala do ex-capitão.  Deliciem-se, ou horrorizem-se:
"Já tentei trocar gente da segurança nossa no Rio de Janeiro oficialmente e não consegui. E isso acabou Eu não vou esperar foder minha família toda de sacanagem,  ou amigo meu,  porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence à estrutura.  Vai trocar; se não puder trocar, troca o chefe dele; não pode trocar o chefe, troca o ministro. E ponto final Não estamos aqui pra brincadeira". 
 O ex-capitão não conseguiu trocar nada. 
E, o que é pior: viu um seus amigos do peito ser trancafiado.
Queiroz na sala da residência em Atibaia, quado da prisão  -   Crédito da imagem: BAND Tv
O policial militar aposentado, Fabrício Queiroz amigo íntimo da família Bolsonaro  e ex-assessor do então deputado Flávio  (filho mais velho do ex-capitão Jair),  acabou sendo preso,  na manhã do dia 18 deste mês,  em Atibaia,  numa operação conjunta da Polícia Federal do Rio de Janeiro e a de São Paulo, a partir de rastrejamento de celulares.  Ele foi transferido para o Rio no mesmo dia, e  está isolado em uma cela de seis metros quadrados no Presídio Pedrolino Werling de Oliveira, conhecido como Bangu 8, no Complexo de Gericinó.
Parecia que estavam prendendo o maior bandido da face da Terra – disse o ex-capitão Jair sobre Queiroz
Assista a "fantástica" indignação do ex-capitão pela prisão de um dos seus amigos do peito. 

Crédito da imagem:  Live de Jair Bolsonaro em rede social própria
O tal do Fabrício Queiroz  era, na intimidade dos bolsonaros,  um autêntico pau pra toda obra.  Quando assessor parlamentar de um tal deputado Flávio, o Queiroz participava do clássico esquema denominado "rachadinha

Foi pelo exercício,  sistemático,  dessa “nobre função  que o rígido juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal,  autorizou a prisão do ex-assessor,  apontando repasses salariais de "funcionários" para a conta do tal Queirozem valores milionários,  e saques posteriores.
Flávio Itabaiana   (Juiz da 27ª Vara criminal)         Crédito da foto:  Felipe Cavalcanti  /  TJ-RJ     
O ex-assessor  Fabrício Queiroz  foi,  assim,  apontado  pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, como operador do esquema de "rachadinha atinente aos "funcionários" de Flávio na Alerj   "funcionários" esses existentes de fato,  ou meramente "fantasmas–que devolviam parte dos salários recebidos.  O dinheiro arrecadado era,  então "lavado", ou por meio de uma loja de chocolates,  e/ou por aplicações no setor imobiliário.  O Ministério Público também apontou, em suas investigações, que Fabrício Queiroz também depositava valores na conta do "chefe" Flávio de forma fracionada,  em valores menores.   Além disso, Queiroz fazia,  regularmente,  pagamentos das despesas pessoais de Flávio e de sua família.

(Clique,  abaixo,  no link da fonte se o desejar)

Segundo as investigações, no dia 1º de outubro de 2018, Queiroz fez pagamentos em espécie de R$ 6.942,55 referentes às mensalidades das duas filhas do seu então "chefe" Os investigadores observaram que  não foram identificados, seja na conta de Flávio,  seja na conta de sua esposa, saques compatíveis aos valores pagos.

  (Se desejar ler maiores detalhes dessas imundas operações,  clique abaixo,  no link da fonte )

 Tais detalhes da investigação que resultou na prisão de Queiroz na última quinta-feira (18) estão na decisão judicial da 27ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do RJ. 
Câmeras da agência bancária da Assembleia Legislativa (Alerj) mostram Queiroz pagando dois boletos escolares das filhas de Flávio, segundo o Ministério Público.
Frame das filmagens das cameras da agência bancária da Alerj, em que é captado  Queiroz pagando dois boletos escolares das filhas de Flávio Bolsonaro, segundo o MP  - Imagem 1º/outubro/2018
 (Clique,  abaixo,  no link da fonte se o desejar)
As imagens do circuito interno de uma agência bancária,  dentro da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro),  mostraram o momento em que Fabrício Queiroz pagou dois boletos escolares das filhas de Flávio Bolsonaro,  em dinheiro vivo,  na manhã de 1º de outubro de 2018,  aponta o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro)Em seguida, ele ainda fez um saque de R$ 5.000, 00.  O registro consta em um documento de 80 páginas encaminhado pelo MP-RJ à Justiça com o pedido de prisão preventiva do ex-assessor,  acusado de operar um esquema de “rachadinha” no gabinete do então deputado estadual Flávio. 
O atual senador nega as acusações.
Sequência de Frame das filmagens das cameras da agência bancária da Alerj, em que é captado  Queiroz pagando dois boletos escolares das filhas de Flávio Bolsonaro, segundo o MP  - Imagem 1º/outubro/2018

Pelas imagens, é possível observar que Queiroz levou apenas sete minutos para fazer as transações bancárias, segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro.
O vídeo mostra que ele entrou na agência bancária da Alerj às 10h21,  com um maço de dinheiro e dois boletos bancários nas mãos.  De acordo com a investigação,  eram as mensalidades escolares das duas filhas de Flávio, nos valores de R$ 3.382,27 e de R$ 3.560,28,  totalizando R$ 6.942,55.

FONTES:  O Estado de S.Paulo  /  A Folha de S. Paulo / Correio Braziliense  / VEJA  /  ÉPOCA  / ISTO É /  
UOL Notícias / Youtube – Video da Reunião Ministerial de 22/04 

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