segunda-feira, 25 de maio de 2020


 CIRCO DE HORRORES
    

 ― O ministro do Supremo Tribunal Federal, Celso de Mello, ao decidir-se pela liberação na ÍNTEGRA  da gravação em video da reunião ministerial,  ocorrida em 22 de abril, fez um BEM e um MAL, simultaneamente
Um BEM,  ao nos fazer lembrar que – ainda –  vivenciamos uma democracia, com o seu corolário Estado Democrático de Direito.
Um MAL,  por nos causar inicialmente um estertor e, depois,  insuportáveis ânsias de vômitos.

Excetuando-se o mestre de cerimônias da Reunião – ministro-chefe da Casa Civil,  o general de exército da reserva,  Walter Souza Braga Netto; o vice-presidentetambém general de exército, Antônio Hamilton Mourão, bem como o AINDA Ministro da Justiça e da Segurança Publica Sérgio Moro  – saber qual foi o  menos boçal,  obtuso,  lorpa,  beócio, e imbecil entre os participantes da Reunião,  é um exercício para alimentar o masoquismo de quem se propõe a essa difícil tarefa.


Sem mais delongas, vamos deixar à disposição das caríssimas Leitoras,  e dos estimados Leitores,,  a ÍNTEGRA da gravação,  liberada pelo Supremo Tribunal Federal com a duração de 1 hora, 54 minutos e 58 segundos.   PREPAREM SEUS ESTÔMAGOS, e cliquem no link abaixo.



Vai começar
UM SHOW DE BESTIALIDADES


A relutância na entrega do pen-drive  (relutância que será detalhada nos próximos parágrafos)  tinha a sua razão de ser.  Nunca na história desse país – como costumava dizer um notório gatuno – se viu tanta cretinice e sem-vergonhice reunidas  e gravitando em torno da triste figura do capitão,  travestido de governante.  É um enxame de MEDÍOCRES MINISTROS,  que além de não conhecerem os liames de suas Pastasnão sabem verbalizar,  não conseguem juntar com nexo duas sentenças além de agredirem,  sem piedade alguma a língua portuguesa.


Um (des)governo “no mato e sem cachorro”
Crédito da foto:  Carl de Souza    /   AFP
O ministro Celso de Mello – que se aposentará compulsoriamente em novembro  – foi sorteado o relator do pedido de abertura de inquérito enviado à Corte contra o presidente Jair Bolsonaro

Crédito da foto:      Nelson Jr    /   SCO - STF  
Na tarde do dia 24 de abril,  dois dias depois da reunião ministerial,  o procurador-geral da República,  Augusto Aras solicitou  que fossem avaliadas as acusações do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro contra o presidente Jair Messias Bolsonaro 
Augusto Aras (Procurador Geral da República)  e Sérgio Moro (Ex-Ministra da Justiça)                               Crédito da foto:     Jorge William  / Agência o Globo
A gênese do processo foi a afirmação do ainda ministro da Justiça e de Segurança Sérgio Moro, de que o presidente  Bolsonaro tentou interferir na Polícia Federal para acessar inquéritos sigilosos que correm na corporação.  

Crédito da foto:   Sérgio Lima   /  AFP
Ao tomar ciência do conteúdo, o ministro Celso de Mello pediu a TRANSCRIÇÃO INTEGRAL da famigerada reunião ministerial.   A relutância por parte do Planalto de cumprir a determinação,  foi bizarra,  causando no STF um alerta,  e o aumento da desconfiança quanto aos fatos ocorridos na tal reunião.  Inicialmente, o governo argumentou que “nem todas as reuniões eram gravadas Depois,  alterou a argumentação alegando que “poderia ter ocorrido, sim,  a gravação da reunião ministerial do dia 22, porém só de pequenas partes;  por fim, diante das investigações policiais, o governo buscou alegar que o conteúdo da gravação "revelaria certos as aspectos, os quais comprometeriam a segurança nacional.
Nenhuma dessas tentativas de escamoteamento, sequer fez cócegas no ministro Celso de Mello.  Com firmeza, ele determinou que a entrega da gravação fosse imediata e que seu conteúdo não sofresse edições. 
Sem saída, o governo acatou a determinação do Supremo Tribunal Federal.
A gravação em sua possível íntegra foi entregue ao ministro Celso de Mello.  Após sua apreciação foi solicitado  às partes interessadas que assistissem o vídeo em pauta

Uma semana de expectativa

O relator,  ministro Celso de Mello, fez saber que se debruçaria sobre a gravação da reunião por 6 dias e que concluída a leitura e sua análise,  decidiria se a tornaria pública a íntegra ou determinadas partes da gravação.  A data e a hora para sua divulgação seria dia 22 de maio, sexta-feira, às 17 horas.
Já às primeiras horas do dia anunciado, os brasileiros que se encontravam em suas fundamentais quarentenas,  sintonizaram os canais de TV e ou estações de rádio, e se puseram em expectativa.  Literalmente,  foi o dia em que o Brasil parou.   Como que estivesse contribuindo para a contenção da disseminação da convid-19O BRASIL PAROU.


... E O OSCAR VAI PARA...
Fragmento da Reunião Ministerial de 22 de abril
Se houvesse um Oscar para a maior CRETINICE, talvez o prêmio máximo fosse conferido  ao destemperado  governante Jair Messias Bolsonaro,  por ele roubar a cena em cerca de  70% das pavorosas 2 horas de duração do show.  
Com um vocabulário rico em palavrões    próprios de botequim de ponta de rua,  ou de peladas de futebol de várzea    o capitão chamou de “bosta” o governador de São Paulo, João Dória(PSDB);  e de “estrume” o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC)

Referindo-se aos prefeitos que,  seguindo a orientação da Organização Mundial de Saúde, estão pedindo que seus munícipes permaneçam em quarentena,  saiu-se com essas jóias dignas um autêntico fascista:  "Fazer ditadura aqui é fácil Facílimo.  Um bosta de um prefeito faz uma bosta de um decreto,  e deixa todo mundo dentro de casa.  Se o povo estivesse armado, ia pra rua”.  Povo armado,  jamais será escravizado!”
Tirem suas conclusões,  por favor(Em nossa modesta opinião, Benito Mussolini e Hugo Chaves morreriam de raiva ao se defrontarem com um competidor imbatível).

Em certo momento da reunião, totalmente desvairado o capitão,  mirou seu ataque ao prefeito de Manaus,  Arthur Virgílio (PSDB):  Aproveitando o vírus...  tá um bosta de um prefeito lá em Manaus agora,  abrindo covas coletivas.  Um bosta!  Que quem num conhece a história dele, procura conhecer, que eu conheci dentro da Câmara,  com ele do meu lado!  Né?    Um parêntese para UMA OBERVAÇÃO:  Como é sabido, a capital do Amazonas teve um colapso no atendimento de Saúde pelo elevado números de casos de contaminação pela Convid-19 .  Em decorrência disso, tristemente, não existem mais espaços nos cemitérios Sem essa alternativa, muitas covas estão sendo abertas em terrenos baldios).  ― O  perverso, o ordinário  capitão deveria,  ao menos,dar-se ao respeito  pelo luto e pelas dores das famílias de nossos irmãos brasileiros  (já que ele,  ou não é, ou abnega ser brasileiro).

Como um campeão em DESATINO,  encerrou uma de suas dezenas de interferências com essa jactância:  Quem não aceitar minhas bandeiras “família, Deus, Brasil, armamento, liberdade de expressão, livre mercado, está no governo errado, ou que vá pras puta que pariu.  

Interferência na Polícia Federal

“... E eu tenho o poder e vou interferir em todos os ministérios, sem exceção.  Nos bancos eu falo com o Paulo Guedes, se tiver que intervir.  Nunca tive problema com ele, zero problema com Paulo Guedes.  Agora os demais, vou Eu não posso ser surpreendido com notícias.  Pô!  Eu tenho a PF que não me dá informação.  (Neste momento, Bolsonaro olha para sua esquerda, na direção onde Moro está sentado)

Eu tenho as inteligências das Forças Armadas que não tenho informações. (...)  Mas a gente num pode viver sem informação.  (...)   Não dá pra trabalhar assim.  Por isso eu vou interferir.  E ponto final, porra!

Interferência na Segurança.  

Mas é putaria o tempo todo pra me atingir,  mexendo com minha família.
Já tentei trocar gente da segurança nossa no Rio de Janeiro, oficialmente, e não consegui! Isso acabou. Eu não vou esperar foderem minha família toda, de sacanagem, ou Amigos meu (sic) porque eu não posso trocar alguém na ponta da linha que pertence a estrutura nossa. Vai trocar!  Se não puder trocar,  troca  o chefe dele.  Não pode trocar o chefe dele?  Troca o ministro!  E ponto final!  Não estamos aqui pra brincadeiras.”
Armar o povo. Impor ditadura. 
“Olha , eu tô...  como é fácil impor uma ditadura no Brasil.  Como é fácil O povo tá dentro de casa.  Por isso que eu quero, ministro da Justiça e ministro da Defesa, que o povo se arme!  Que é garantia.  Um filho da puta vem e impõe a ditadura aqui.  Que é fácil impor uma ditadura,  Facílimo!
...Porque tô armando o povo?...  Não dá pra segurar mais! Nao é?  Não dá pra segrurar mais!...

Corona vírus. 
"Bosta de confinamento".  
...O que esses fizeram com esse bosta , com esse vírus...  prenderam todo mundo em casa...  Então, pessoal, por favor, se preocupe que o de há mais importante,  mais importante que a vida de cada um de vocês, que é a liberdade.
Exames do novo coronavírus


“Paralelamente a isso tem aí a OAB da vida, enchendo o saco do Supremo, pra abrir o processo de impeachment porque eu não apresentei meu... meu exame de...de...de vírus, essas frescuras toda, que todo mundo tem que tá ligado.”

CRÍTICA À IMPRENSA

Aqui eu já falei:  perde o ministério quem for elogiado pela FOLHA!  ou pelo GLOBO!  Pelo ANTAGONISTA!  Né!”

“Tem certos blog aí que só tem notícia boa de ministro.   Eu não sei como!  O presidente leva porrada,  mas o ministro é elogiado.  A gente vê por aí. “O ministério tá indo bem apesar do Bolsonaro”.  VAI PRA PUTA QUE PARIU!  Eu que escalei o time, porra.
Fragmento da Reunião Ministerial de 22 de abril
AS BESTEIRAS DOS “MINISTROS”
Nota importante: Obedecemos as transcrições dos  "discursos",  tais como foram realizados.   Daí, muitas vezes,  a ocorrência de erros de concordâncias verbais e nominais.

Abrahan Weintraub – ministro da... “educação” (/)
Weintraub -  Fragmento da Reunião Ministerial de 22 de abril
"Tem três anos que através do Onyx  (Lorenzoni)  conheci o presidente. (...) E o que me fez, naquele momento,  era embarcar na luta pela... pela liberdade.  Eu não quero ser escravo neste país.  A gente veio aqui pra acabar com tudo isso, não pra manter essa estrutura. (...) E acabar com essa porcaria que é Brasília. (...) Odeio o termo “povos indígenas” Odeio esse termo. Odeio. O “povo cigano”. Só tem um povo nesse País. Quer, quer.  Não quer, sai. Pode ser preto, pode ser branco, pode ser japonês, pode ser descendente de índio, mas tem que ser brasileiro, Acabar com esse negócio de povos e privilégios. (...)  Eu, por mim,  BOTAVA TODO MUNDO NA CADEIA.  COMEÇANDO NO STF.

NOTA sobre Weintraub:  Integrante da ala ideológica que term o astrólogo Olavo de Carvalho como guru,  o “ministro”´da “educação”  é aquele notório por seus erros crassos em redação. (Inclusive em mensagens oficiais: memorandos, ofícios, etc.  é comum escrever “educassão”; “ofíssio”.  E vai por aí a fora).   Para quem quiser deleitar-se com o “elegante” discurso do “educado” ministro da Educação, vai abaixo o link.   


 Damares Alves   ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos
Damares -  Fragmento da Reunião Ministerial de 22 de abril
"Condizente" com sua pasta Direitos humanos”, a pastora-ministra, saiu-se com essa pérola sobre PRISÕES DE GOVERNADORES E PREFEITOS:
A pandemia vai passar, mas governadores e prefeitos responderão processos e nós vamos pedir inclusive a prisão de governadores e prefeitos.  E nós estamos subindo o tom e discursos tão chegando. Nosso ministério vai começar  vai começar a pegar pesado com governadores e prefeitos. Nunca vimos o que está acontecendo hoje.  Se eles falam que nós éramos violadores de direitos, eles estão, inclusive o governador Wellington, (*) agora, ontem determinou que a polícia poderá entrar nas casas. Vocês não imagina (sic)  o que ele vai fazer .
(*) A ministra-pastora quer se referir ao governador do Piauí, pelo PT

OFENSA  ao STF,  quanto ao aborto:
Neste momento de pandemia a gente tá vendo A PALHAÇADA DO STF trazer o aborto pra pauta. Será que vão querer liberar que todos que tiveram coronavírus poderão abortar no Brasil?  Vão liberar geral? (...) “Quero lembrar, que tá chegando a hora. Este governo é um governo pró-vida, um governo pró-família”.
Deliciem-se com o gravação da ministra-pastora Damares
https://www.youtube.com/watch?v=cJ5JFwAca_s

Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente
Salles - Fragmento da Reunião Ministerial de 22 de abril 
Sem um pingo de vergonha, o “responsável” pelo meio ambiente saiu-se com essa “maravilhosa ideia”:
 ― Eu acho que o Meio Ambiente é o mais difícil, de passar qualquer mudança infralegal em termos de infraestrutura e...é... instrução normativa e portaria, porque tudo que a gente faz é pau no judiciário, no dia seguinte. Então precisa ter um esforço nosso aqui porque estamos nesse momento de tranquilidade no aspecto de cobertura da imprensa, porque só fala de convid, e IR PASSANDO A BOIADA E MUDANDO TODO O REGRAMENTO E SIMPLIFICANDO NORMAS.  Agora é hora de unir esforços PRA DAR DE BACIADA a simplificação que nós precisamos, EM TODOS OS ASPECTOS.
Essa “brilhante ideia”, que causaria a Al Capone e sua turma de contraventores, poderemos desfrutá-la melhor na gravação liberada pelo STF. 
Apreciem a "formosa" ideia do tal "ministro" :
https://www.youtube.com/watch?v=HeQYIbMXbXQ

Pedro Guimarães – presidente da Caixa Econômica Federal
Pedro Guimarães (visto de costas, em decorrência da câmera fixa) , na Reunião Ministerial de 22 de abil
"(...) Então assim, hoje de manhã o pessoal da BAND queria dinheiro.  Vai ou não vai dar dinheiro pra BANDEIRANTES?  Passei meia hora levando porrada, mas repliquei.  E falei: Olha, vocês não tão em casa?  Eu tenho 30.000 funcionários;  Não tem esse negócio de frescura de home-office.  Eu já visitei 15 agências, e você em casa?  Aí o pessoal ficou mais calmo (...)  E aquele governador roubando...  prá tudo quanto é lado. Então o governador rouba, aí ele sai prendendo todo mundo, e fica tudo isso por isso mesmo. (...) Eu tenho uma filha, Maria, de 14 anos.  Se minha filha fosse pro camburão, ou eu matava ou morria. Quié isso?

Paulo Guedes – ministro da Economia
Paulo Gueds - Fragmento da Reunião Ministerial de 22 de abril 
"O Banco do Brasil não é tatu nem cobra.  Porque ele não é privado, nem público. (...) O Banco do Brasil é um caso pronto de privatização.  O senhor (presidente) já notou que o BNDE e o... e a... Caixa que são nossos, públicos a gente faz o que quer.   Banco do Brasil a gente não pode consegue fazer nada e tem um liberal lá.  Então, tem que vender essa PORRA logo!

Assista ao desabafo do ministro  Paulo Guedes:


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