21/março/2017
às 12h45
Lava Jato: PF cumpre 14 mandados, baseados em
delações da Odebrecht.
Alvos são pessoas ligas à
Renan, Eunício Oliveira, Valdir Rupp e Humberto Costa (PT)
A Polícia Federal, em conjunto com a
Procuradoria-Geral da República, deflagrou nesta terça-feira (21), a Operação Satélites, nova fase da
Operação Lava Jato autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Estão sendo cumpridos 14 mandados em
13 endereços nas cidades de Brasília,
Maceió, Recife, Rio de Janeiro e
Salvador. O objetivo é investigar
indícios dos crimes de corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.
Os alvos são pessoas ligadas ao líder
do PMDB no Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ao presidente do Senado, Eunício
Oliveira (PMDB-CE); Valdir Raupp (PMDB-RO) e Humberto Costa (PT-PE). Os
parlamentares não são alvo de mandados.
A operação investiga indícios de
crimes como corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro. A PGR
informou que "não é possível divulgar detalhes sobre os
procedimentos porque os termos de depoimentos [das delações] estão em segredo
de Justiça".
Esta é a primeira vez em
que são utilizadas informações dos acordos de colaboração premiada firmados com
executivos e ex-executivos da Odebrecht. Os acordos foram homologados pelo STF
em janeiro deste ano. Trata-se da 7ª fase da Operação Lava Jato que apura o
envolvimento de pessoas com prerrogativa de foro junto ao STF. Outras três
foram realizadas em 2015, duas em 2016 e uma em fevereiro deste ano.
"Trata-se da 7ª fase da Operação
Lava Jato que apura o envolvimento de pessoas com prerrogativa de foro junto ao
STF. Outras três foram realizadas em 2015, duas em 2016 e uma em fevereiro
deste ano", informam a PF e a PGR.
Políticos
Em comunicado sobre a nova fase de
investigação, Eunício Oliveira informou que, em 2014, durante o processo
eleitoral, autorizou a solicitação de doações, na forma da lei, para a sua campanha ao
governo do Ceará. Segundo Eunício, o pedido de abertura de inquéritos no STF,
destinados a apurar versões de delatores, “cujo conteúdo desconhece, é o
caminho natural do rito processual”.
O senador Humberto Costa informou,
também por meio de nota, que a PF já solicitou o arquivamento do inquérito
aberto no STF por não encontrar qualquer evidência de irregularidade ao longo
de dois anos de investigação. O parlamentar garantiu ainda contribuir com as
autoridades em todos os esforços necessários à elucidação dos fatos.
“A ação de hoje vai corroborar a
apuração realizada até agora, que aponta para o teor infundado da acusação e da
inexistência de qualquer elemento que desabone a sua vida pública”, destaca o
comunicado divulgado por Costa.
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