sábado, 13 de junho de 2020


UMA DIFICÍLIMA ESCOLHA
                      ― É sempre árdua a tarefa de escolher um tema para levar, regularmente, às nossas estimadas Leitoras e aos nossos caríssimos Leitores.
Ao longo dos nossos primeiros 13 anos,  a crônica política de nosso País,  foi sempre um prato cheio de opções.  Não se fazia muito esforço para encontrar o eixo da ideia, ou seja, a base para essas “mal traçadas linhas” como se dizia, antigamente,  ao se redigir uma carta,  antes do advento dos e-mails e/ou das mensagens virtuais.
Assim foi com a turma do mensalão,  do petrolão,  da rapinagem do Lula e seus mais de 40 ladrões;  assim foi com as sem-vergonhices do Eduardo Cunha,  do Sérgio Cabral, do Pezão,  etcetera e tal; e com as patetices, as pedaladas e o impeachment  da Dilma;  enfim: "um rosário sem fim, como se diz lá no nosso Ceará.

AGORA,  A COISA  DEGRINGOLOU DE VEZ
Crédito da foto:   Jornal de Brasília  (divulgação)
Na eleição presidencial de 2018, quis o destino que acidentalmente vencesse  – ainda que democraticamente –  o capitão reformado Jair Messias Bolsonaro,  um político de carreira;  um medíocre deputado federal por sete mandatos entre 1991 e 2018,  eleito através de diferentes partidos, ao longo de sua carreira.
Espertalhão,  à espera da sedimentação do seu eleitorado,  buscou trazer para sua equipe nomes de grande projeção e aceitação popular,  como o juiz da Operação Lava Jato Sérgio Moro;  ou, então, de grande reconhecimento internacional,  como o economista Paulo Guedes;  ou, ainda,  de rico cabedal científico,  como o médico sanitarista-ortopedista  Luiz Henrique Mandetta. 
Crédito da foto:    Dida Mendonça    /   Estadão

Crédito da foto:   Wesley Marvelino   /   REUTERS  /  Estadão
No entanto,  já com o  passar dos primeiros meses, foi arreganhando despudoradamente sua verdadeira pretensão:  implantar um regime fascista, objetivando sua perpetuação no poder; servindo-lhe como exemplo o “el comandante Hugo Chávez – sua paixão desde os idos de 1996.
 
Crédido das fotos:   (a)  Bolsonaro:  Dida Sampaio / Estadão  --- (b)  Hugo Chávez:   Juan Barreto  / AFP /  Getty Images :
Para que não seja tida essa postagem como fake news  (tão em moda nos dias de hoje)deixo aqui o link da entrevista do então deputado Bolsonaro ao jornal O Estado de S. Paulo de 4 de setembro de 1999, sábado, à página nº A-7, bem como a sua republicação na revista Abril.  Deliciem-se ( ou,  horrorizem-se)  com essa paixão tão desvairada.
Republicação feita pela revista VEJA em 12 de dezembro de 2017:

Entrevista original do jornal O Estado de S. Paulo:


E
, a seguir, o fac-simile que vocês Leitoras e Leitores encontrarão ao clicar nos links acima.

A foto que ilustra a entrevista  é do fotógrafo do jornal O Estado de S. Paulo, Dida Sampaio.  Ele é o profissional que, no dia 3 de maio de 2020, foi jogado ao chão do alto de uma escada – onde procurava um melhor ângulo para suas fotos –  Uma vez caído, ele foi espancado pela corja de bolsonaristas Tudo isso, diante do impassível capitão. 

Se porventura a reprodução do fac-símile não permitir uma boa leitura, amplie-apor favor.
De qualquer forma, vamos transcrever a entrevista do doce deputado-capitão.
TÍTULO DA ENTREVISTA:
 É uma esperança para AL
O que pensa o deputado e capitão da reserva Jair Bolsonaro (PPB-RJ).
Estado ― O que representa Chávez?
Bolsonaro ― É uma esperança para a América Latina e gostaria muito que esta filosofia chegasse ao Brasil.  Acho ele ímpar.  Pretendo ir à Venezuela e tentar conhecê-lo.  Quero passar uma semana por lá e ver se consigo uma audiência.
Estado ― A qual figura história ele remete?
Bolsonaro ― Ao Marechal Castelo Branco (primeiro presidente do Brasil no regime militar, entre 1964 e 1967).
Estado ― Porque ele é admirável?
Bolsonaro ― Acho que ele vai fazer o que os militares fizeram no Brasil em 1964com muito mais força Só espero que a oposição não descambe, para a guerrilha, como faz aqui.
Estado ― O que acha dos comunistas apoiarem Chávez?
Bolsonaro ― Ele não é anticomunista e eu também não sou. Na verdade, não tem nada mais próximo do comunismo do que o meio militar.  Nem sei quem é comunista hoje em dia.   
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É INCRÍVEL mas é uma realidade.  E perigosa. Se não, vejamos se há semelhança na atual conduta do capitão Jair, após assumir a chefia do "governo", com o modus operandi  do ditador fascista venezuelano.
Os ditadores Hugo Chávez e Fidel Castro – Crédito da foto: jornal Cuba Sí (divulgação)
Mix de Fidel Castro e Mussolini, o tenente-coronel venezuelano Hugo Chávez,  inicialmente,  criou uma milícia fanática ao armar enorme parcela do seu eleitorado.  Em seguida, acercou-se de deputados e senadores de 5ª categoria dando-lhes os mais elevados cargos em autarquias e empresas estatais de elevados faturamentos, e, por último, alocou na Suprema Corte, um a um, magistrados que, ou não sabiam seguer uma vírgula de legislação, ou se vendiam,  locupletando-se com largas somas de  petro-dólares.   Morto o “el comandante,  a cadeira ditatorial foi prontamente ocupada pelo seu “lugar-tenente”  Nicolás Maduro.  
Não é difícil chegar a uma comparação,  por mais apolítico que se seja. 
De onde se conclui que  QUALQUER SEMELHANÇA COM UM CERTO PAÍS DESCOBERTO POR CABRAL,  não é mera coincidência.  

QUEM FOMENTA  TAL IDEOLOGIA?  ― Um espertalhão ET de Virginia;  o onipresente oráculo do bolsonarismo.

Credito da foto: Joshua Roberts  - REUTERS
O capitão Jair & Filhos  têm como mentor,  como gurú,  o astrólogo Olavo de Carvalho,  residente e radicalizado,  desde 2005,  na área rural do Condado de Dinwiddie,  ao sul de Richmond,  no estado norte-americano de Virginia.  Trata-se de um salafrário vendedor de “palestras” e “cursos” online (é de sua “verve” o “famoso”  COF – Curso Online de Filosofia,  “ministrado” em 2 horas, aos sábados, e com mensalidade de US$ 30.000).  

O “filósofo” Olavo é  um desbocado ideólogo de ultra-direitista, com crenças  retrógradas e absurdas, tais como ser a Terra plana, “criada”  em seis dias
;  ou ser o homem nada mais, nada menos do que um torrão de barro, muito superior à mulher,  a qual não passa de um capacho do seu macho;  e coisas tais. Tudo “vomitado” em suas páginas no Notebook (ou no Twitter), “recheadas” de imprecações próprias de botequim de ponta de rua, ou de peladas de futebol de várzeas.
(Está explicado de quem o capitão Jair, os seus três “rebentos”,  assim como  seus  eminentes  ministros”,  assimilaram tal ideologia, e "enriqueceram" seus vocabulários com os mais ricos exemplares de palavrões obscenos do ET de Virginia).

PARTE DOIS O DESREIPEITO À DOR, AO LUTO  E ÀS LÁGRIMAS.
Grupo de artistas fazem protesto em Brasília – Crédito da foto:  Sérgio Lima  /  AFP
Seria “chover no molhado” , repetir que a potencialidade avassaladora da convid-19,  tem sido excessivamente maior do que a da Segunda Guerra;  ou a da Peste bubônica  (Peste Negra) no século 14;  ou ainda a da chamada Gripe Espanhola em 1918,
Também não tínhamos a intenção de gastar letras, sílabas e palavras para falar da triste figura que tomou assento,  em 1º de janeiro de 2019, após vencer acidentalmente    ainda que democraticamente – as eleições de 2018,  e que atende pelo nome de Jair Messias Bolsonaro, um cidadão perverso, paranoico, paleolítico e cujo cérebro paira entre total ignorância e insanidade mental.  
Crédito da foto:  Jornal de Brasilia   (divulgação)
Desde então, sua insanidade tem evoluído celeremente.  Concebe estar pilotando, sem eira e nem beira,  uma nave para uma órbita qualquer, de um planeta qualquer, de uma galáxia qualquer.  Em sua megalomania, tem cuspido para fora da nau seus imediatos que não lhe agradam ou julga fazer-lhe sombra.  Um, chamado Mandetta, outro Teich, outro Moro, e outros tantos mais:  general Santa Cruz, Ricardo Veléz, Gustavo Bebiano, Vieira Neto, general Floriano Peixoto, Gustavo Canuto, e etc, e etce etc. 
Enquanto os competentes são defenestrados, os medíocres gozam dos aplausos do capitão Jair & Filhos, e (evidentemente) com os VIVAS! do gurú-astrólogo Olavo de Carvalho – cujo famigerado perfil vimos anteriormente.
Por ora, como uma pausa para ganharmos fôlego, e dar sequência à postagem,  relembremos a infame reunião de 22 de abril.  
Se as nossas caríssimas Leitoras e estimados Leitores desejarem relembrar o deprimente Show dos Dementes, aqui vai o link

Circo de Horrores,  com suas bizarrices e seus palavrões, tem  a duração é de 1horas, 54 minusto e 58 segundos. 
Crédito da imagem:   G1. globo.com
Nem a exposição à nível nacional da famigerada reunião de 22 de abril, que gerou ou alimentou investigações no Supremo Tribunal Federal, conseguiu conter o capitão Jair Conforme foi divulgado pela imprensa nacional e internacional, foi ele quem deu –pessoalmente – a ordem para o Ministério da Saúde divulgar “MENOS DE MIL MORTES POR DIAe sempre depois das 11 horas da noite para,  com isso, acabar com matérias do Jornal Nacional.  Pura criancice. Pura idiotice.  Pura imbecilidade que serviu para merecidas críticas na imprensa escrita, falada e televisiva, nacional e internacionalmente.
Primeira página do jornal americano "The Washington Post", edição de 7 de abril de 2020 
Agora, minhas Amigas e meus Amigos, cliquem nos links abaixo e analisem os crimes cometidos por esses desequilibrados sádicos, por esses genocidas, de DESRESPEITO À DOR, AO LUTO  E ÀS LÁGRIMAS. 




A IMPERIOSA REAÇÃO   Imediatamente, o  Congresso Nacional e os órgãos de imprensa escrita, falada e televisiva criaram uma central própria para divulgar em tempo real os dados  das contaminações e dos óbitos
Na noite da segunda-feira (8 de junho,  o STF manda o governo retomar a divulgação de dados acumulados das contaminações e óbitos pela covid-19.
Ministro do STF Alexandre de Moraes  -  Crédito da foto:  Jorge William  /  Agência O Globo
A sandice apavorante do capitão Jair e sua turma de 22 milicos aquartelados no ministério da Saúde, foi estancada por determinação do STF, mediante liminar do ministro Alexandre de Moraes, dando um prazo de 24 horas para o término das maquiações e manipulações de dados da pandemia, e a pronta divulgação real dos mesmos.  Chegava ao fim a surrealista dicotomia entre vidas e negócios.

Entretanto, ficam no ar, essas pergunta vitais:  
Por que a “mudança de metologia” na contagem de vítimas a esta altura?
Por que a manipulação para baixo, das contaminações e dos óbitos? 
A quem interessa a ocultação das mortes? 

A quem interessa a manipulação?  ---   Crédito da foto:  Isac Nóbrega - PR Correio do Povo

  Os “mundos paralelos” do capitão Jair

O dr. Jair, epidemiologista, assumiu desde o início uma cruzada particular contra o isolamento social adotado no mundo tudo.
Crédito da foto:  Evaristo Sá / AFP
O dr. Jair, cientista, determinou o uso indiscriminado da cloroquina sem qualquer aval científico internacional ou nacional
Crédito da Imagem:  SIS / (divulgação)
E, por fim o deus Jair decidiu quantos são os mortos do coronavírus.  Danem-se os fatos, as mortes, as lágrimas e as dores das famílias enlutadas. O que importa é a versão do dr. Jair;  do deus Jair;  do messias Jair Bolsonaro.
Crédito da foto: Adriano Machado / REUTERS
Por essas insanas atitudes,  está em pauta no STF e no STE a análise de um julgamento por crime de responsabilidadeE, a propósito, é sempre  oportuno lembrar que a então "presidenta" Dilma Rousseff foi impeachada,  nada mais, nada menos, por crime de responsabilidade,

 
O “AQUARTELAMENTO” do Ministério da Saúde
É triste e preocupante o desmanche do Ministério da Saúde – “um antro de comunistas”, segundo a ideológica pastora-ministra Damares, outra seguidora fiel do astrólogo de Virgínia. 
É triste e preocupante que o Capitão Jair, escoiceando as ciências médicas,   científicas e sociais; preocupado tão somente em manter seu poder de mando (como disse em plenos pulmões na circense reunião de 22 de abril), tenha defenestrado em plena pandemia, um a um, os ministros-médicos que ocuparam o Ministério da Saúde, e levado ao comando da terrível guerra virológica Eduardo Pazuello, general de divisão, com deficiente 
compreensão de biologia elementar, como a posição do do coração no corpo.
Eduardo Pazuello  --  Crédito da foto: .Anderson Riedel    /   O Globo -  Época 
E é igualmente triste e preocupante que os 26 coronéis e generais que hoje ocupam assentos no Ministério da Saúde se disponham a assumir o jogo sujo do capitão Jair, sem nunca terem visto uma curva epidemiológica em suas vidas de militares;  mas prontos para a missão:  bater continência e cumprir as ordens do manda-chuva capitão; ordens que nenhum ser humano decente cumpriria:  "Mandar à merda os escrúpulos de consciência”.  

PARTE TRÊS A VIDA ANIMAL DO LADO DE LÁ
Crédito da imagem:  Google images
Voltaremos ainda a falar,  nas POSTAGENS VINDOURAS, da surreal experiência pelo que passa a Saúde em nosso desmilinguido País, vítima da ação devastadora da covid-19 .  
Nesse instante, nossa básica intenção,  é a de encerrarmos atual postagem, abordando a proliferação de ratos no Palácio do Alvorada.  Isto é,  o aumento exagerado de roedores naquele aprazível local desde o início de maio.  Antes raros no local,  eles passaram a circular,  livremente,  em busca de restos de comida.
Mas, antes de entrarmos diretamente no assunto dos ratos,  queremos abrir um parêntese para deixar bem claro que desde que o BARRACO foi criado há 15 anos atrás (ou melhor:  construído),  nós efetuamos sempre  limpeza geral, e vimos fazendo detetizações periódicas no nosso lar.  Tanto é que quando expulsamos de vez esses “danadinhos”,  nós fizemos constar em uma das paredes laterais do Barraco a inscrição: OS RATOS ESTÃO NAS TOCAS VIZINHAS”.  A foto abaixo confirma o que dissemos.

 Fazemos essa observação,  para que não venhamos a ser acusados de despachar desprezíveis roedores para a casa do capitão Jair, ou outros Niemeyerenses  locais da capital Federal.

Vamos agora ao que interessa.
Com o início da política de isolamento social ,  o número de admiradores do capitão Jair diminuiu na entrada do Palácio da Alvorada,  precisamente no ponto  em que se localiza o tal do “cercadinho”.  Ou seja:  o local onde, diariamente,  o capitão  cumprimenta simpatizantes e concede entrevistas (sempre de maus bofes) aos veículos de imprensa.
Crédito da foto:  Gabriela Biló   /   Estadão
 Eles – os roedores – costumam aparecer no final da tarde,  quando diminui o número de pessoas.
Mas, tem aqueles ratos que fogem à regra; por exemplo:   Na quarta-feira, 22 de abril,  um  desses “danadinhos”  se aproximou de um jornalista,  e acabou assustando uma turista – coitada! que aguardava para tirar uma selfie com o capitão Jair.   Um outro deles,  quase subiu no pé de um repórter televisivo enquanto ele gravava uma reportagem.
A  Secretaria-Geral pasta responsável pela administração do patrimônio da Presidência da República informou que,  neste ano, foi feita uma desratização no final de janeiro.  E uma nova foi realizada no dia 23 de abril.
Não é a primeira vez que o Poder Executivo é invadido por pragas urbanas.  Em 2005, durante o governo de Lula, baratas e formigas invadiram também o Palácio do Planalto após uma dedetização na área externa.
Crédito da imagem:   Google Images
Em 2011, o governo Dilma Rousseff,  também teve que  enfrentar problemas com baratas.   Em um despacho interno, o então ministro Mário Negromonte solicitou uma dedetização urgente.  Segundo ele, os insetos passeavam de maneira "tranquila" e "impune" por objetos e pessoas. O ministro, em despacho assegurou que vinha "dividindo com elas diuturna, democrática e insalubremente o ambiente".

Em 2017
, durante o mandato de Michel Temer,  o Palácio do Planalto enfrentou uma  “infestação de baratas.   Elas ocupavam os suportes de energia elétrica próximos à galeria de retratos dos presidentes, no andar térreo, e cheg​aram a subir em jornalistas e servidores.
Crédito da imagem:   Luís Lago_Photo'S

FONTES:   The Washington Post  /  O Estado de S. Paulo / Revista VEJA – Abril / A Folha de S. Paulo / Le Monde / Correio Braziliense  /  Revista ÉPOCA  /  The New York Tumes / Revista ISTO É / El País / AFP /  O Globo / Super Rádio Tupi FM  / G1.globo.com



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