A História se repete:  TAL E QUAL.

― Este texto está sendo publicado em O GLOBO e, em versão, no The New York Times

―  Não há quem não saiba quem foi Adolf HITLER,  mas nunca é demais falar dessa infame figura da História da Humanidade,  que se tornou responsável pela morte de 6 milhões de judeus;  2 milhões de ciganos;  3 milhões de homossexuais; bem como:  de negros; de comunistas; de  pessoas com deficiência física e intelectual;  de protestantes dos ramos “Testemunhas de Jeová” e “Adventistas; e de  líderes sindicais.

O NASCIMENTO DA TIRANIA.

Em 1923,  um medíocre cabo do exército austríaco  – que houvera sido parido em 20 de abril de 1889  com o nome de Adolf Hitler – criou o  ultra-conservador  Partido Nazista que,  em 10 anos tornou-se o maior partido político alemão,  tendo o facínora Hitler com seu líder. 

Em 30 de janeiro  de 1933 – o ordinário cabo que antes houvera sido preso ao manifestar-se  por melhores soldos de si próprio e de seus companheiros de farda – assumiu o poder em uma eleição por votos escritos e que,  por isso, foi facilmente fraudada.   Denunciada a fraude pelo Parlamento,   Adolf Hitler deu um golpe de estado,  e assumiu o poder,  criando a Alemanha Nazista.  Em seguida, ele montou um staff de militares de altas patentes que se tornaram  fiéis  cumpridores absolutos de suas ordens. 

CULTO À PERSONALIDADE.

Hitler em 1937 - Crédito da foto:  Der Stürmer  (edição de julho de 1937)

Sob seu governo,  Hitler foi objeto de um extenso culto à sua personalidade.  Passou a  ser chamado pelos seus seguidores  de “Mito”  (“Führer “),  e a ser adorado notoriamente pelas  mulheres.    

Em muitas de suas visitas,  ao caminhar por ruas de cascalhos,  as mulheres beijavam os pedregulhos e,  inúmeras delas, os engoliam.  " ― Ele é um mito divino!",  gritavam elas,  procurando justificar a insanidade de comer os pedregulhos recém  pisados pelo “Mito” austríaco-alemão.

Seus retratos foram pendurados em locais públicos em toda a Alemanha e a saudação Heil Hitler ("Salve Hitler") tornou-se obrigatória mesmo entre civis.

Para assegurar a máxima difusão de seus ideais, foi instituído, logo após a tomada do poder pelos nazistas em 1933,  um Ministério da Propaganda, que até 1945 manteve total controle sobre as produções culturais no país.  Presidido por Josef Goebbels,  o Ministério teve Hitler como um dos principais focos de propaganda,  glorificando-o como um líder heroico e infalível e contribuindo fortemente para seu culto à personalidade.

Goebbels, ministro da Propaganda, o grande difusor das sandices nazistas - Crédito da imagem The Guardian

Uma demonstração do fanatismo nazista:  Hitler é saudado por uma formação de militares - Crédito da imagem:  Life Magazine

A máquina da propaganda nazista fez de Hitler um "mito"   - Crédito da imagem:  Der Stürmer (1943)

Exposição de seu traje quando de sua “posse”.

Ao completar um ano da sua “posse’’,  Hitler convocou uma reunião de seus ministros de Estado para que fosse visto o seu esmerado uniforme usado quando da sua “instalação no "poder”.   Estiveram presente além de Joseph Goebbels,  mais 7 ministros:  Albert Speer,  Joachim von Ribbentrop , Walther Funk, Wilhelm Frick,  Alfred Hugenberg,  Hjalmar Schacht, e  Richard W. Darré.

Exposição do traje usado por Hitler quando de sua "posse"  -  Crédito daa foto:  Der Stürmer (1934)

A REPRISE DO FILME.

Terça feira,  dia 8 de dezembro,  com elevado intuito de comemorar  a data de sua posse – ainda que levemente antecipada – um certo Capitão Cloquina convocou  6 elementos do seu staff de MINISTROS para participarem da EXPOSIÇÃO DOS TRAJES usados por ELE,  J. Messias, e por sua digníssima  3ª mulher,  a senhora dona Giselle, primeira-dama da Patria Amada Brasil. ―  Essa antiga terra que os nativos donos  chamavam de Pindorama, e que hoje tem como slogan  “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”.  –  Aliás,  por pura coincidência,  similar ao slogan criado por Hitler para a sua Alemanha Nazista: – “Deutschland über alles”   ( “Alemanha acima de tudo.”) 

Crédito da foto:  TV Brasil;  e TV Globo / O Estadão (divulgação)

Mas, vamos continuar!...  Vamos arrolar os nobres ministros convidados e que se fizeram presente à exposição dos trajes.  São eles:  Luiz Eduardo Ramos,  Walter Braga Neto,  Ernesto Araújo, Jorge Oliveira, Onyx Lorenzoni,  e  Marcelo Álvaro Antonio – Eles largaram,  prontamente,  seus dignos afazeres para participar da breguice.   Afinal,  ordem dada pelo “Mito“ ,  pelo Führer  tupiniquim,   tem que ser obedecida sem questionamentos.

Em resumo: ― QUALQUER SEMELHANÇA COM PESSOAS VIVAS OU MORTAS, notoriamente com o dantesco  “mito” Adolf Hitler, É PURA COINCIDÊNCIA. ― (Ou não?)

FONTES BÁSICAS DESTE ARTIGO :  História da II Guerra Mundial (R.A.C Parker) / História Geral (Claudio Vicentino)  /  Der Stürmer (jornal alemão 1923-1945)

FONTES COMPLEMENTARES  DESTE ARTIGO:   O Estado de S. Paulo / O GLOBO / The New York Times /  Veja-Abril / ISTO É / ÉPOCA  / The Washington Post  / Folha de S. Paulo / TV Globo  / G1 / Jornal de Brasília /  Jornal Braziliense / REUTERS / AFP

 

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